Luena - Um grupo de adolescentes exigiram, esta quinta-feira, no Luena, o aumento do número de salas de aulas para permitir o ingresso de mais alunos no I e II ciclo ( 7ª e 10ª classes).
A manifestação, que juntou cerca de três dezenas de jovens e adolescentes, decorreu defronte ao Gabinete Provincial da Educação e do Complexo Escolar Camarada Tchifuchi, a maior instituição de ensino da região, com capacidade de albergar sete mil alunos.
Victória Mário, 15 anos, disse à ANGOP que terminou a 9ª classe, mas não conseguiu vaga para dar continuidade a formação académica.
"Em Setembro começam as aulas, agora o que farei se não estudar?", questionou-se a estudante.
Na mesma condição está Beatriz Macongo, que disse que, apesar de concluir o primeiro cíclo na escola camarada Tchifuchi, está impossibilitada de continuar a frequentar o ensino médio na mesma instituição por falta de vagas.
Recentemente, durante o Conselho Consultivo alargado do sector da educação, os agentes de educação recomendaram o aumento do número de escolas, para permitir o acesso universal ao ensino, assim como reduzir o excesso de alunos nas turmas, para melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem.
Nesse encontro, o governador provincial, Gonçalves Muandumba, reconhecera que o sector enfrenta várias dificuldades, com destaque para a carência de salas de aula, falta de equipamentos técnicos nas escolas e laboratórios, garantindo que a resolução dos referidos problemas faz parte da agenda do governo.
Dados oficiais apontam que o sector carece de mais investimentos, com destaque para a construção de 808 salas de aula e recrutamento de mais professores, para permitir a matrícula de mais de 56 mil de crianças que se encontram fora do sistema de ensino.
Actualmente, a província conta com um total de dois mil e 200 salas de aulas, dividida em 344 escolas e mais de seis mil 221 professores, três mil 600 dos quais no ensino primário.