Luanda - O presidente da Associação de Escolas Privadas (ANEP), António Pacavira, disse, esta sexta-feira, em Luanda, que a aluna agressora de uma colega, num colégio em Benguela, provavelmente será suspensa depois de apurado o processo disciplinar.
Em declarações à ANGOP sobre o assunto, cujo video, onde uma menina aparece a agredir (com bofetadas) uma colega na escola, circula nas rede sociais, a ANEP reuniu com a direcção e orientou a tomada de medidas regulamentares.
Referiu que o Gabinete de Educação de Benguela também está a investigar e acompanhar o caso e remeterá um documento à ministra da Educação, Luísa Grilo.
Relativamente à proporção do problema, considerou grave e que as escolas terão de fazer um trabalho psicoemocional para se evitar ocorrências do género.
Para si, embora estejam a decorrer as investigações, parece ser um caso de "bulliing", situação recorrente em muitas instituições.
"A sociedade está muito agressiva, obviamente as pessoas são o reflexo disso e, consequentemente, muitas famílias também", afirmou.
"A jovem estudante foi, igualmente, agredida pela pessoa que filmou e divulgou o vídeo, portanto, apesar das idades, vão se apurar os factos e atribuir responsabilidades, pois a escola é um lugar de educação", referiu.
Sociólogo
O sociólogo Jorge Waldemar, contactado pela ANGOP a comentar o assunto, repudiou a atitude da agressora, sublinhando que a sociedade deve tirar ilações do caso concreto.
Conforme o especialista, as famílias devem estar em condições de encontrar sinais de agressividade nos seus entes queridos, afirmando não acreditar que a adolescente seja "bem comportada".
Para Jorge Waldemar, viu-se a falta de interação social na vida cotidiana da jovem, cabendo à sociedade e às autoridades condenar para que casos análogos não voltem acontecer nas escolas ou em qualquer lugar.
A agressão, neste caso concreto, configura, um crime de ofensa à integridade física.