Ondjiva – O académico Nelson Tobias defendeu, esta terça-feira, em Ondjiva, província do Cunene, a necessidade dos estudantes se basearem as suas investigações em livros físicos, em detrimento dos digitais, para a consolidação dos conhecimentos científicos e garantia da formação de excelência.
Ao dissertar o tema sobre “Livro digital, acesso, vantagens e desvantagens”, Nelson Tobias defendeu que o manual físico é completo e contém informações científicas verídicas.
De acordo com o docente, actualmente existe um conflito entre o livro digital e o físico, que nos últimos tempos está a ser substituído devido a sua facilidade na transportação e por permitir a leitura em qualquer lugar, através do telefone, mas a desvantagem é encontrar alguns conteúdos deturpados.
“O manual físico é mais completo e dividido em capítulos, onde o autor procura sempre ter o cuidado de separar os conteúdos de modo a facilitar a leitura e busca de informações necessárias, resumidas e verdadeiras”, afirmou.
Nelson Tobias informou que por via da biblioteca digital pode-se encontrar muitas informações disponíveis, mas a necessidade dos estudantes antes aprofundarem a pesquisa para identificarem os autores, visando o desenvolvimento das capacidades intelectuais.
Já o docente do Instituto Superior Politécnico de Ondjiva, Carlos Rosário, ao abordar o tema “A leitura do ponto de vista académico”, disse ser importante despertar nos jovens o gosto pela leitura.
Disse que durante as avaliações escolares, nota-se em muitos estudantes essa deficiência de leitura, por falta de interesse e isso dificulta a pesquisa.
Por este facto, ressaltou a necessidade de maior esforço para se inverter o quadro, através do hábito pela leitura e escrita, assim como participarem das conferências e colóquios, para o enriquecimento do conhecimento académico.
Por seu turno, o vice-presidente para área científica do Instituto Superior Politécnico Privado Rei Luhuna (ISPRL),Elias Zamba, disse que os debates visou saudar o dia do livro e direitos de autores, no sentido de consciencializar os estudantes sobre a importância deste instrumento valioso para despertar o conhecimento.
Elias Zamba sublinhou que através da leitura é mais fácil o estudante ser um bom investigador que é o eixo fundamental para o crescimento de uma instituição do ensino superior capaz de responder os problemas locais, nacionais e internacionais.
Para o presente ano académico estão matriculados no Instituto Superior Politécnico Privado Rei Luhuna cerca de mil e 500 estudantes, nos cursos de Direito, Sociologia, Contabilidade e Finanças, Gestão e Psicologia.
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor foi instituído pela UNESCO em Novembro de 1995, com o objectivo de promover a leitura, a publicação de livros e, simultaneamente proteger os direitos autorais.
A data foi escolhida em tributo aos escritores Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare, que morreram em 23 de Abril de 1616.PEM/LHE/PA