Zaire: Inoperância da bomba da Sonangol agrava escassez de combustível

     Economia           
  • Zaire     Quarta, 19 Maio De 2021    16h35  
Posto de combustível da Sonangol
Posto de combustível da Sonangol
Morais Silva

Mbanza Kongo – O posto de abastecimento de combustível da Sonangol, em Mbanza Kongo, província do Zaire, está inoperante desde Março último, situação que agravou a escassez de derivados de petróleo nesta cidade.

O depósito do referido posto de combustível tem uma capacidade de 50 mil litros de gasolina e 25 mil de gasóleo, sendo uma das duas maiores superfícies de venda deste produto disponíveis a nível da cidade de Mbanza Kongo, a par da bomba da Pumangol.

A paralisação da mesma deveu-se ao incêndio de média proporção que danificou alguns dos seus dispositivos.

De acordo com o gerente, André Nsimba Nunes, que falava esta quarta-feira à ANGOP, o material danificado foi já substituído, estando a reabertura a depender de vistorias a serem feitas por uma equipa de especialistas da Sonangol, ainda sem data.

“Recebemos a anuência do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), em Abril, para a reabertura da bomba, mas aguardamos pela inspecção de técnicos da Sonangol”, reforçou.

O chefe de Departamento de Estudos, Informação e Análise do Comando Provincial do SPCB, sub-inspector bombeiro Eduardo Kiangebeni, confirmou a ordem dada para a reabertura da bomba, após cumprimento das medidas de segurança exigidas.

A colocação de extintores de incêndios e o reforço na formação do pessoal em matéria de prevenção e extinção de incêndios foram, entre outras, as orientações exigidas pelo SPCB, segundo a fonte.

Enquanto isso, aumentam as filas na única bomba (Pumangol) que atende os clientes locais, e que também é abastecida “a conta-gotas”, a partir da cidade do Soyo.

A escassez de gasolina na cidade de Mbanza Kongo, principalmente, está a obrigar muitos utentes de meios rolantes a recorrer ao mercado informal para aquisição deste produto a preços exorbitantes.

Automobilistas abordados pela ANGOP, afirmaram que, um litro de gasolina está a ser comercializado no mercado informal ao preço de Kz 300.

“Geralmente, a gasolina vendida no mercado informal não oferece muita segurança para as viaturas. Não temos outra saída senão mesmo nos arriscarmos com esse combustível, às vezes adulterado”, disse um dos indagados.

A escassez de gasolina na cidade de Mbanza Kongo regista-se desde finais do ano de 2020.

Analistas dizem que a falta constante de derivados de petróleo nesta cidade deve-se a eventuais contrabandos de combustível para a República Democrática do Congo (RDC).

 

 





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