Administração do Soyo prevê demolir imóveis para conclusão da via expressa

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  • Zaire     Terça, 05 Março De 2024    13h16  
Demolição de armazem
Demolição de armazem
Cedida

Soyo - Setenta e cinco imóveis, entre residências e estabelecimentos comerciais construídos nas margens do traçado da via expressa, principal de acesso à cidade do Soyo, província do Zaire, serão demolidos pela Administração Municipal.

A informação foi prestada esta terça-feira, à ANGOP, pelo administrador municipal adjunto para a Área Técnica, Infra-estruturas e Serviços Comunitários, Adelino Domingos Kai, frisando que as demolições serão feitas sem nenhuma compensação financeira.

A medida vai permitir a conclusão dos remanescentes 18 quilómetros desta estrada nacional (EN) 100, ligando os municípios do Soyo e Nzeto, cujas obras, retomadas em Julho de 2023 e após mais de 10 anos de paralisação, estão a cargo da construtora “MOTA-ENGIL”, devendo durar 24 meses.

Explicou que os imóveis a serem demolidos foram construídos sem nenhuma licença das autoridades competentes locais, mesmo depois de os seus proprietários terem sido alertados de que se estava a ocupar parte deste traçado da via expressa, que parte do bairro Kitona até à ponta do aeroporto local.

“O Cadastramento foi feito entre 2015 e 2017, sendo que os munícipes que ergueram imóveis depois desta data o fizeram de forma ilegal”, reforçou, para quem esta medida deverá afectar cerca de 75 indivíduos, entre núcleos familiares e comerciantes.

Informou que as demolições serão feitas com a anuência da Procuradoria-Geral da República (PGR), na qualidade de guardião da legalidade.

As obras da conclusão deste troço retomaram em Julho de 2023, após mais de 10 anos de interregno, por alegadas dificuldades financeiras.

O projecto faz parte do pacote da Estrada Nacional EN100, também denominada auto-estrada Nzeto/Soyo, ligando os dois municípios, com passagem pela ponte do rio Mbridge, numa extensão de 140 quilómetro.

No quadro dos trabalhos em curso está a ser concluída uma das duas faixas do troço da via expressa de 39 quilómetros, no sentido Nzeto/Soyo, assim como o troço da ponte da zona dos Mangais, na foz do rio Mbridge (Nzeto).

Consta que as obras de subordinação central abarcam, para além do troço Nzeto/Soyo, a reabilitação da via de intersecção entre Mukula e Casa da Telha, município do Tomboco (Zaire), a estrada Panguila, nó da via expressa até à ponte sobre o rio Bengo no nó o Kifangondo (Luanda).

O projecto tem um custo global na ordem dos mais de EUR 127 milhões ( um EUR vale em Kz  898,367), tendo gerado 450 postos de trabalho. PMV/AC

 

 

 





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