Huambo - O economista António Feliciano Braça afirmou, esta terça-feira, que a visita do Presidente Joe Biden representa, de certa forma, o marco da reformulação das relações políticas e, sobretudo, económicas, pois abrirá novas perspectivas de investimento para Angola.
O Presidente dos Estados Unidos da América iniciou, segunda-feira (02), uma visita de Estado de três dias a Angola, que inclui um encontro com o Presidente João Lourenço e uma deslocação à província de Benguela, sede do Corredor do Lobito, que inclui as regiões do Huambo, Bié e Moxico.
Em declarações à ANGOP, a propósito da visita do estadista norte-americano, o economista disse que a presença de Joe Biden vai reforçar as relações bilaterais com Angola e com a África, em geral, na parte que se refere aos intercâmbios das relações políticas e, particularmente, económicas.
Assinalou trata-se da nação mais influente do mundo na dimensão política e económica e, sobretudo, industrial, com influência e representatividade em quase toda parte do mundo, tendo o Presidente Joe Biden como o ponto alto da gestão económica do Estado norte-americano.
António Feliciano Braça lembrou que no circuito económico existem entidades como o Estado, as empresas, os bancos e as famílias, porém há, entre elas, a mais importante, que é o exterior, daí que nenhum país vive só, incluindo o Estado Unidos da América, que precisam se relacionar com outros para manter a sua hegemonia.
Acrescentou que os países precisam ter relações com comunidade externa para aproveitar as matérias-primas, de modo a explorá-las, a transformá-las, a consumir e escoar o excelente, sendo desta forma que se faz o sector produtivo.
Dai que, sublinhou, com a visita do Presidente Joe Biden, os norte-americanos americanos vão fazer investimentos em Angola, gerar empregos e tornar a economia local auto-suficiente, em função da parceria e dos diferentes acordos, com as empresas dos Estados Unidos da América.
Destacou o Corredor do Lobito um ponto-chave das relações, entre Angola e dos Estados Unidos da América, pois liga um oceano do outro e permite escoar determinados produtos explorados nos países vizinhos de Angola, nomeadamente a República Democrática do Congo e a Zâmbia.
Referiu tratar-se de um investimento no caminho de ferro de Angola que vai facilitar a transportação de determinados produtos do interesse norte-americano e permitir um crescimento económico nacional.
Sinalizou que a nível da dimensão política, do ponto de vista mais alto, augura-se um conjunto de perspectivas económicas e políticas que, em breve, irão surtir os resultados preconizados, na vertente do desenvolvimento e do relançamento da economia nacional.
Relações Bilaterais
Angola e os EUA são parceiros estratégicos, com relações político-diplomáticas e de cooperação que conheceram um assinalável incremento há 30 anos, propiciando a assinatura de vários instrumentos jurídicos nos domínios social, comercial e empresarial.
Em 2023, o comércio entre os EUA e Angola totalizou aproximadamente 1,77 mil milhões de dólares, o que tornou Angola no quarto maior parceiro comercial de Washington na África Subsaariana.
Angola e os Estados Unidos estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. ALH