Luanda - Vinte e duas empresas, nacionais e estrangeiras, concorrem para a exploração dos blocos petrolíferos das bacias terrestres do Baixo Congo e Kwanza.
Estão em licitação 12 blocos, sendo quatro na Bacia terrestre do Baixo Congo (CON 2, CON 3, CON 7 e CON 8) e oito na Bacia terrestre do Kwanza (KON 1, KON 3, KON 7, KON 10, KON 13, KON 14, KON 15 e KON 19).
O anúncio foi feito, esta quinta-feira, em Luanda, numa cerimónia que marcou a abertura de propostas de licitação 2023, em que as empresas submeteram as candidaturas de forma virtual e física.
De acordo com o presidente da comissão de avaliação, Alcides Andrade, o concurso foi lançado a 6 de Outubro e encerrou a 15 deste mês.
Adiantou que até final de Dezembro serão avaliados todas as propostas, para, no mês de Janeiro de 2024, serem publicado as empresas seleccionadas e, em Março do mesmo ano, o processo de rubricas dos contratos.
Por sua vez, o PCA da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulino Jerónimo, sublinhou que a meta é atingir, até 2025, cerca de 50 blocos, estando actualmente 24 blocos já licitados.
Considerou que o acto assegura as boas-práticas no sector, assentes na transparência, na flexibilidade negocial, na observância dos padrões de saúde, segurança e ambiente.
"Estamos empenhados em manter o nosso país como um ponto atractivo para o investimento no sector petrolífero. com a implementação de um conjunto de reformas gizadas pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás", frisou.
Referiu que a abertura e proposta representa um marco histórico adicional às conquistas do sector, após as rondas de licitação de 2019, 2020 e 2021.
“Anima-nos a antevisão de um desfecho positivo da conjugação de vontades entre a nossa oferta e o interesse daquelas empresas (grandes, médias e pequenas), que apostam no mercado angolano como destino ideal para os seus investimentos", asseverou.
Ao presidir a cerimónia de abertura do evento, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, considerou que o concurso vai estimular o surgimento de pequenas e medias empresas petrolíferas, promover a incorporação de mão-de-obra qualificada angolana, bem como fomentar a inovação tecnológica e boas práticas de governação.
"Todos esses factores vão concorrer para atenuar o declínio da produção, incrementando a actividade de exploração e descoberta de novos recursos", considerou.
Conforme o secretário de Estado, a referida licitação marca mais um passo seguro no processo de exploração e produção de hidrocarbonetos nas zonas terrestres das bacias do Baixo Congo e do Kwanza, atraindo empresas, com experiências comprovadas e conhecimentos acumulados na exploração de hidrocarbonetos em bacias com reconhecida complexidade geológica. ASS/AC