Huambo – A médica veterinária Juliana Mafuca pediu, esta segunda-feira, no Huambo, a proibição da venda de alimentos perecíveis, como carne, frango e frutas, ao ar livre, com o objectivo de evitar possíveis casos de intoxicação alimentar.
Em declarações à ANGOP, a propósito das doenças alimentares, disse que os alimentos perecíveis quando colocados a céu aberto ou mal conservados, trazem muitos perigos à saúde pública, pois a perda da salubridade e da qualidade desejada, transportam bactérias e vírus diversos que podem casuar intoxicação alimentar.
Lamentou o facto da carne, o frango, o peixe e outros alimentos perecíveis ficarem expostos ao ar livre nos mercados informais, estando propensos à poeira, moscas e a falta de higiene, constituindo-se num atentado à saúde humana.
A médica veterinária denunciou o abate constante da carne bovina e suína nos mercados informais sem serem vacinados e com condições de higiene desfavoráveis, que podem gerar doenças, como a tuberculose, toxi-infecções alimentares, neurocisticercose (que permite a paralisação do cérebro) e a lepitorise.
Por isso, apelou ao Executivo angolano para criar leis que obriguem a população a comprar apenas a carne abatida nos matadouros, por serem locais onde possuem médicos veterinários, para o diagnóstico dos animais antes de serem consumidos.
Para efectivação desta medida, pediu maior concertação, entre o Governo e os veterinários, para a criação de pequenos matadouros, peixaria e talhos em todos os mercados informais do país, para a boa saúde alimentar da população, evitando, deste modo, doenças transmitidas de animais para os homens.
Defendeu a colocação de médicos veterinários nos mercados informais do país, para a reorganização do processo de abate de animais, bem como para sensibilizar os vendedores e os cidadãos sobre os perigos existentes na exposição dos alimentos ao ar livre. ZZN/ALH
