Luanda - Os empresários angolanos poderão exportar produtos agrícolas, bebidas e outros para o mercado dos Estado Unidos da América, através da mediação da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Essa informação foi avançada hoje pelo ministro Conselheiro Interino da Embaixada dos EUA em Angola, Christopher Hattayer, referindo que os Estados Unidos têm apoiado os esforços para aumentar o crescimento económico em Angola desde 2021 por meio do Centro de Comércio e Investimento da África Austral ( USAID TradeHub).
Falando num evento de divulgação das actividades da USAID Trade Hub, o diplomata americano disse que para além do mercado dos EUA há também acções de mediação para impulsionar a exportação de produtos de Angola para África do Sul.
As exportações de produtos angolanos para o mercado americano serão facilitadas pelo Acordo de Crescimento e Oportunidades de África (AGOA), onde os produtos nacionais devem obedecer os vários requisitos para se tornarem elegíveis, precisou o diplomata americano.
Segundo Christopher Hattayer, com as ferramentas disponibilizadas através do USAID TradeHub, Angola terá maior acesso à tecnologia, aumentando o apoio aos exportadores para acederem a serviços de facilitação do comércio que lhes permitam exportar para África do Sul e Estados Unidos da América.
O governo americano, segundo a fonte, está a investir na sustentabilidade deste programa (USAID TradeHub) e no apoio ao desenvolvimento económico duradouro de Angola.
Referiu que até agora, em toda África Austral, o programa já transaccionou 220 milhões de dólares norte-americanos no comércio intra-regional africano e exportação para EUA por meio do AGOA, bem como foram concedidos 180 milhões de dólares em investimentos do sector privado, criação de 74 parcerias público-privadas e a criação de três mil novos empregos na região.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), Vicente Soares, disse que há já um acordo de parceria com a USAID TradeHub para facilitar a capacitação e orientação do empresariado nacional, com o fim de poder exportar para o mercado americano e reforçar a presença no comércio com a África do Sul.
Vicente Soares sublinhou que os empresários nacionais devem aproveitar essa parceria existente e se organizarem para cumprirem com os requisitos para exportar no mercado dos Estados Unidos da América.
“Agora, fruto deste exercício, os homens de negócios angolanos poderão tirar os maior benefícios do AGOA”, reforçou o responsável.
Angola exportou mais de 980 milhões de dólares para os Estados Unidos em 2019, na sua essência petróleo, o que representou apenas uma fracção de 4% das importações dos países do AGOA.
AGOA é um programa unilateral de preferência comercial lançado em 2000 pelos EUA, que fornece acesso livre de direito aduaneiro aos mercados dos norte-americanos para mais de 6 400 exportações qualificadas de países elegíveis da África Subsaariana, incluindo Angola.