Luanda – A próxima avaliação sobre Angola, pelo Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), prevista para Junho, constitui uma das principais prioridades da Unidade de Informação Financeira (UIF) das autoridades nacionais, com vista ao reforço da confiança do sistema financeiro angolano no exterior.
Para o efeito, segundo o director-geral da UIF, Gilberto Capeça, o primeiro passo será analisar e corrigir as eventuais lacunas desse processo, para que se alcancem resultados positivos na avaliação a ser feita por um grupo de peritos internacionais que chegam a Angola no referido mês desse primeiro semestre.
A avaliação, que termina em 2023, visa analisar, essencialmente, o grau de cumprimento e de implementação das recomendações do GAFI deixada em 2012, quando Angola foi admitida como membro do Grupo Anti-Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo da África Oriental e Austral (Esaalmg).
Nesse processo, que vai incidir sobre várias instituições, sobretudo ao sector bancário, Angola vai ter de provar que cumpriu com as 40 recomendações anteriores, além de alguns questionamentos, constantes no processo de 500 páginas, e submetido pela Unidade de Informação Financeira em 2021.
Em declarações à imprensa, após tomar posse ao cargo de director-geral da UIF, Gilberto Capeça apontou o contínuo combate à corrupção, ao branqueamento de capitais e ao financiamento ao terrorismo como prioridades que, igualmente, merecerão a atenção desta instituição.
Dessa lista consta também a luta contra a proliferação de armas de destruição em massa, segundo o responsável.
Por seu turno, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou a UIF “um órgão de extrema importância para o resgate da confiança e segurança financeira do país”, pelo que apelou para a necessidade de se reforçar a consolidação da confiança dos operadores económicos.
No entender desse governante, esse desiderato ajudará a conciliar o sector produtivo ao sistema financeiro de Angola.
Entre outras individualidades, testemunharam o acto de tomada de posse do novo director-geral da UIF, o Procurador-Geral da República, Pitta Groz, e o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz.
Na cerimónia, estiveram também presente, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Aia-Eza da Silva, assim como o secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior, Salvador José Rodrigues, e o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Rui de Oliveira.
A Unidade de Informação Financeira de Angola constitui-se numa unidade central nacional de natureza pública, autónoma e independente, com competência para receber, analisar e difundir a informação suspeita sobre branqueamento de capitais; financiamento do terrorismo; e proliferação de armas de destruição massiva.
