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Transportes arrecada USD 1.3 mil milhões em obrigações de investimento   

     Economia              
  • Luanda • Terça, 13 Agosto de 2024 | 22h19
Ministro dos Transportes, Ricardo Abreu
Ministro dos Transportes, Ricardo Abreu
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - O sector dos transportes arrecadou 380 milhões de dólares a nível das concessões, enquanto as obrigações de investimento resultaram em USD 1.3 mil milhões, disse esta terça-feira, em Luanda, o ministro de tutela, Ricardo de Abreu.

Segundo o governante, que falava durante a sétima reunião plenária extraordinária da Assembleia Nacional, a arrecadação resulta das iniciativas de concessões e das parcerias público privadas, lançadas para maior atracção e engajamento de investidores.

Referiu que das concessões, “o mais emblemático é o Corredor do Lobito”.

“Teremos projectos que estarão inscritos no plano de desenvolvimento nacional, mas não necessariamente no OGE enquanto investimento público”, disse, citando, a título de exemplo, a extensão do Corredor do Lobito para a República da Zâmbia.

Fez saber que este projecto de extensão poderá ser, em breve, celebrado quer com a Zâmbia, quer com investidores privados que o vão desenvolver na ordem dos 5.2 mil milhões de dólares.

No âmbito do plano director nacional do sector, Ricardo de Abreu, que respondia alguns questões dos parlamentares, sublinhou a existência de três pilares fundamentais, nomeadamente das reformas estruturais, a activação dos grandes corredores e os desafios da mobilidade urbana.

O ministro fez uma incursão sobre projectos em curso no sector, sobretudo nos segmentos terrestre, aéreo e marítimo, além de ferroviário, em várias províncias, com realce para Cabinda, Zaire, Luanda, Namibe e Benguela, e reiterou os esforços do Executivo quanto ao investimento para reforçar a capacidade de resposta dos serviços.

Apontou como projectos importantes para dinamizar, a partir do próximo ano, o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, o Projecto Integrado de Desenvolvimento da Baia do Namibe, bem como o Terminal de Águas Profundas do Caio e todo processo para garantir que as plataformas logísticas estejam a funcionar quer no domínio fronteiriço, como no domínio da economia doméstica para apoiar o sector produtivo.

Fez saber que o sector activou, em 2022, o projecto de cabotagem norte com a conclusão de terminais marítimos do Soyo e de Cabinda, tendo até ao momento transportado mais de 130 mil passageiros e um volume de carga na ordem de quatro mil toneladas.

“Iremos agora, no mês de Setembro, pôr a funcionar a nova embarcação, com mais capacidade, para responder a dinamização deste serviço de cabotagem, que pretendemos a sua expansão para outros destinos a nível da costa”, frisou.

Quanto a Cabinda, disse ser a segunda praça a nível da aviação civil, com mais de cinco mil frequências e um valor estimado na ordem dos 30 mil passageiros/mês.

Por outro lado, informou que o sector está a procurar concluir, ainda este ano, o processo de contratação de financiamento para o troço Luena/Saurimo, cujo arranque prevê-se para 2025.

Ricardo de Abreu falou igualmente do aeroporto de banza Congo, salientando que se encontra com uma execução física na ordem dos 31 por cento, estando a sua finalização e activação atrasada por alteração das condições de financiamento da parte das entidades financiadoras.

“Pensamos que nos próximos tempos teremos este processo concluído e, obviamente, pretendemos que possa ainda ser inaugurado no ano de 2025”, augurou, reiterando a intenção de inaugurar também, no próximo ano, o terminal de águas profundas do Caio, assim como a sua zona franca. VC





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