Transição energética nos portos de África é irreversível - AGPAOC

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 16 Novembro De 2022    16h24  
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Navios (Foto ilustração)
Navios (Foto ilustração)
Nelson Malamba - ANGOP
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Presidium do 42º Conselho Anual da Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro (AGPAOC)
Presidium do 42º Conselho Anual da Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro (AGPAOC)
Nelson Malamba

Luanda - O quadragésimo segundo Conselho Anual da Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro (AGPAOC), que decorre de 15 a 18 de Novembro em Luanda, considerou hoje irreversível e urgente o processo de transição energética e digitalização nos procedimentos dos serviços.  

Este compromisso de transição energética e da digitalização nos procedimentos dos serviços foi reafirmado, na manhã de hoje, pelos gestores de portos de 19 países do continente que participam do Conselho Anual da AGPAOC, que está a abordar temas relacionados com os desafios das alterações climáticas.

Segundo os gestores, acções concretas têm sido desenvolvidas nos seus pelouros, no sentido de promover mudanças estruturais nas operações dos portos, iniciando a migração do modelo baseado em combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural) para energias limpas.

Na visão do presidente do Conselho de Administração (PCA) do Porto de Cabinda, José Kuvíngua, para que se atinja os melhores resultados são preciso que toda cadeia deste segmento esteja envolvida.  

Defendeu ainda que construtores do sector dos navios e demais infra-estruturas de operação portuária devem apostar forte nos equipamentos como gruas de hidrogénio e acompanhar este” processo irreversível”.

Já o PCA do Porto de Luanda e também presidente da Associação Angolana dos Portos, Alberto Bengue, afirmou que os portos nacionais têm todos os procedimentos digitalizados.  

“Actualmente os operadores e clientes dão início dos seus protocolos de recepção e emissão de mercadorias (descarga e carregamentos) sem uso de papéis”, afirmou o gestor.  

Por sua vez, Celso Rosa, PCA do Porto do Lobito, considerou de eficiente o sistema de recolha de resíduos no cais e ao longo da baía do Lobito, factor que, segundo ele, torna as praias adjacentes  limpas e ecologicamente saudáveis.   

Já o chefe da delegação marroquina, Ahmed Bennis, avançou que o principal porto do seu país é o mais ecológico de África e consta entre os 25 portos mais ecológicos do mundo.  

“Trazemos para esse encontro a experiência do Marrocos para ajudar os nossos homólogos a optimizarem as operações”, disse. 

Já a delegada das missões da Nigéria e do Congo, nomeadamente Sarah Ballah e Ahme Hibraim, afirmaram que passos, embora tímidos, estão a ser dados nos seus países.      

Durante quatro dias, os gestores dos 25  portos, de 19 países de África, vão debater políticas de sustentação ambiental em curso e os desafios dos ecossistemas portuários e marítimos.  

A Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro (AGPAOC) foi criada em 1972 e Angola tornou-se membro em 1986, no decurso do 12° Conselho Anual realizado em Kinshasa, República Democrática do Congo.   



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