Luanda – Cerca de 80 dias depois do seu arranque, a fábrica têxtil TEXTANG II já produz 250 mil metros de tecido/mês, segundo o presidente do Conselho de Administração da “Investimentos e Participações” (IEP), empresa gestora desta unidade.
Jorge Amaral, que falava aos jornalistas, nesta terça-feira, no final de uma visita de constatação do ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, disse que a fábrica está num processo gradual da retoma das suas actividades e que nos próximos 90 dias entrará em funcionamento um turno completo, de 370 técnicos.
Até lá, adiantou, aguarda-se por uma produção mensal de 900 mil metros de tecidos/mês (capacidade máxima). “A nossa previsão é que até ao final do ano estejamos a trabalhar já com dois turnos, com 740 trabalhadores, para atingirmos o dobro da produção”, enfatizou.
Questionado sobre a aquisição da matéria-prima, o responsável disse que a TEXTANG II está com um stock para atender a produção nos próximos três meses, mas já com encomenda de nova remessa a partir do Tchad e Benin.
Segundo o gestor, para este projecto é fundamental que a matéria-prima seja adquirida no mercado nacional, daí que está a investir no Pólo Agro-Industrial de Quizenga, na província de Malanje, focado para a produção de algodão, num perímetro irrigado de 5 mil hectares, com a expectativa de atender toda a indústria têxtil angolana nos próximos anos.
“Sem a produção de algodão localmente, não poderemos ser competitivos, de maneira que teremos de garantir a auto-suficiência da matéria-prima para o sucesso deste projecto”, destacou.
Por sua vez, o ministro da Indústria e Comércio disse que a visita de constatação se inseriu na revisão periódica às fábricas do ramo, depois do processo de privatização da África Têxtil, em Benguela; da SATEC, no Dondo, Cuanza Norte; e esta de Luanda, a TEXTANG II.
Victor Fernandes, que percorreu as instalações da fábrica, depois de uma breve reunião com os seus gestores, considerou satisfatório o funcionamento. “Viemos constatar a produção, e ficamos satisfeitos em ver que as condições do acordo da privatização estão a ser cumpridas”, frisou.
Localizada no município do Cazenga, em Luanda, a unidade está capacitada para produzir 900 mil metros de tecido mensalmente, tendo iniciado as actividades no passado mês de Março, com 120 colaboradores nacionais, a trabalharem num único turno diário.
O ministro disse que o departamento que dirige, em parceria com o da Agricultura e Pescas, prestam todo o apoio às indústrias têxteis, para que, a breve trecho, possam adquirir matéria-prima no mercado nacional.
A IEP – uma empresa angolana que ganhou, em Setembro de 2020, o concurso público de adjudicação, é a nova gestora dessa unidade fabril, tendo investido 15 milhões de Dólares americanos para o relançamento do mercado do algodão em Angola.