Caxito – O ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino de Azevedo, afirmou, esta segunda-feira, na província do Bengo, que o Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) vai ajudar a eliminar o armazenamento flutuante de derivados de petróleo no país.
Em declarações à imprensa, à margem da visita do Presidente da República, João Lourenço, ao projecto, o ministro explicou que o armazenamento flutuante é mais caro, exige mais segurança e afecta a autonomia em derivados de petróleo para o país.
Segundo o governante, pretende-se, com o projecto do TOBD, criar condições para a implementação dos decretos presidenciais sobre as reservas estratégicas e as reservas nacionais.
“Nós queremos criar condições para que o país tenha maior autonomia em termos de abastecimento do mercado nacional em derivados de petróleo”, referiu.
De acordo com o ministro, a exportação não é o primordial do projecto, mas sempre que houver excedente da capacidade de armazenagem se fará a expansão para os mercados regionais, essencialmente da RDC e Zâmbia.
Revelou que a estratégia de refinação petroquímica permitiu a melhoria da Refinaria de Luanda, que passou a produzir menos resíduos e mais gasolina.
O governante felicitou a Sonangol pelo esforço para financiar o projecto, apesar das dificuldades.
O TOBD vai servir, igualmente, para o armazenamento de hidrogénio verde, contribuindo para a transição energética e contará com uma fábrica de enchimento de botijas de gás de cozinha.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande está a ser implementado numa área de de 390 hectares em duas fases.
A primeira contempla a construção de 16 tanques com uma capacidade de armazenamento de 580 mil metros cúbicos de gasolina, gasóleo e LPG.
No total, o projecto contempla 29 tanques com capacidade de armazenamento de 724 mil metros cúbicos. CJ/IF