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Terminal Fluvial do Nóqui vai alavancar o desenvolvimento do município

     Economia              
  • Zaire • Sexta, 03 Novembro de 2023 | 11h05
Pormenor da Vila do Nóqui na província do Zaire
Pormenor da Vila do Nóqui na província do Zaire
David Augusto

Mbanza Kongo – A construção nos próximos dias do Terminal Fluvial do Nóqui, na província do Zaire, vai dinamizar o desenvolvimento socioeconómico do município, afirmou esta sexta-feira, o administrador municipal, Manuel José António.

Para a concretização desse projecto, o Executivo angolano vai investir 90 milhões de dólares, no quadro do Plano de Desenvolvimento do Sector dos Transportes.

Em declarações à ANGOP, o administrador informou a propósito, que uma delegação do Porto do Soyo integrada por alguns chineses esteve quarta-feira na vila turística do Nóqui, onde procedeu ao estudo de viabilidade do local onde será erguida a ponte cais.

“A construção do Terminal Fluvial do Nóqui sempre foi uma das preocupações das autoridades do município e da população, em geral”, ressaltou.

Conforme o responsável, para além de facilitar a mobilidade, o Terminal Fluvial do Nóqui vai gerar postos de trabalho para a juventude local, bem como contribuirá nas trocas comerciais entre as províncias do Zaire, Cabinda e Luanda.

“A entrada em funcionamento da ponte cais do Nóqui vai competir com o porto de Matadi, na RDC, tendo em conta que muita mercadoria que passa por aqui em trânsito para o país vizinho, passará a ser descarregada no porto local”, asseverou.

Sem avançar a data para o arranque da empreitada, o administrador disse que os trabalhos serão executados pela empresa chinesa “China Harbour Engineering Company LTD”.  

O Nóqui é um dos municípios da província do Zaire com uma extensão territorial de 5.572 quilómetros quadrados e faz fronteira,  a Oeste, com a cidade de Matadi,  na República Democrática do Congo.

Actualmente, existem, em Luanda, os terminais do Porto de Luanda, do Capossoka, do Museu da Escravatura, e Mussulo, enquanto o Soyo (Zaire) e Cabinda possuem cada um terminal para carga e passageiros.

A operadora tem sob controlo quatro catamarãs com capacidades diferentes, designadamente o “Cacuaco” e o “Luanda”, ambos com 242 lugares em Classe Económica e 72 em Classe Executiva (314 no total), bem como o “Panguila” e “Macoco”, os dois com 136 passageiros apenas na Classe Económica.

De igual modo, o “Ferryboat Cabinda”, que, embora misto, é essencialmente de carga, com capacidade para nove (9) contentores de 20 “pés” e nove (9) viaturas ligeiras, bem como 60 passageiros sentados.

A Sécil Marítima opera a rota Luanda/Cabinda/Soyo-Zaire/Luanda e vice-versa.

A ligação comercial de catamarã entre Cabinda e o Zaire começou a ser operacionalizada em Abril, duas frequências semanais, às terças e sextas-feiras, com a embarcação “Cacongo”. Com efeito, os passageiros têm de desembolsar 15 mil kwanzas pelo bilhete, e cada tem o direito de 40 quilos de bagagem (em porão), para além de outros 8kg em mãos, para uma viagem de aproximadamente duas horas e meia.

Menores dos 0 aos 2 anos de idade estão isentos de pagar para terem acesso à embarcação e à viagem de navio catamarã, com capacidade para 350 passageiros, sendo 200 no interior e 150 na parte externa.

Já a ligação Luanda-Cabinda, através de catamarãs com duas viagens por semana, custa 20 mil Kwanzas, e cada passageiro tem direito a 40 quilos por viagem, com a duração de 10 horas. JL

 

 

 

 





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