Mbanza Kongo – A construção nos próximos dias do Terminal Fluvial do Nóqui, na província do Zaire, vai dinamizar o desenvolvimento socioeconómico do município, afirmou esta sexta-feira, o administrador municipal, Manuel José António.
Para a concretização desse projecto, o Executivo angolano vai investir 90 milhões de dólares, no quadro do Plano de Desenvolvimento do Sector dos Transportes.
Em declarações à ANGOP, o administrador informou a propósito, que uma delegação do Porto do Soyo integrada por alguns chineses esteve quarta-feira na vila turística do Nóqui, onde procedeu ao estudo de viabilidade do local onde será erguida a ponte cais.
“A construção do Terminal Fluvial do Nóqui sempre foi uma das preocupações das autoridades do município e da população, em geral”, ressaltou.
Conforme o responsável, para além de facilitar a mobilidade, o Terminal Fluvial do Nóqui vai gerar postos de trabalho para a juventude local, bem como contribuirá nas trocas comerciais entre as províncias do Zaire, Cabinda e Luanda.
“A entrada em funcionamento da ponte cais do Nóqui vai competir com o porto de Matadi, na RDC, tendo em conta que muita mercadoria que passa por aqui em trânsito para o país vizinho, passará a ser descarregada no porto local”, asseverou.
Sem avançar a data para o arranque da empreitada, o administrador disse que os trabalhos serão executados pela empresa chinesa “China Harbour Engineering Company LTD”.
O Nóqui é um dos municípios da província do Zaire com uma extensão territorial de 5.572 quilómetros quadrados e faz fronteira, a Oeste, com a cidade de Matadi, na República Democrática do Congo.
Actualmente, existem, em Luanda, os terminais do Porto de Luanda, do Capossoka, do Museu da Escravatura, e Mussulo, enquanto o Soyo (Zaire) e Cabinda possuem cada um terminal para carga e passageiros.
A operadora tem sob controlo quatro catamarãs com capacidades diferentes, designadamente o “Cacuaco” e o “Luanda”, ambos com 242 lugares em Classe Económica e 72 em Classe Executiva (314 no total), bem como o “Panguila” e “Macoco”, os dois com 136 passageiros apenas na Classe Económica.
De igual modo, o “Ferryboat Cabinda”, que, embora misto, é essencialmente de carga, com capacidade para nove (9) contentores de 20 “pés” e nove (9) viaturas ligeiras, bem como 60 passageiros sentados.
A Sécil Marítima opera a rota Luanda/Cabinda/Soyo-Zaire/Luanda e vice-versa.
A ligação comercial de catamarã entre Cabinda e o Zaire começou a ser operacionalizada em Abril, duas frequências semanais, às terças e sextas-feiras, com a embarcação “Cacongo”. Com efeito, os passageiros têm de desembolsar 15 mil kwanzas pelo bilhete, e cada tem o direito de 40 quilos de bagagem (em porão), para além de outros 8kg em mãos, para uma viagem de aproximadamente duas horas e meia.
Menores dos 0 aos 2 anos de idade estão isentos de pagar para terem acesso à embarcação e à viagem de navio catamarã, com capacidade para 350 passageiros, sendo 200 no interior e 150 na parte externa.
Já a ligação Luanda-Cabinda, através de catamarãs com duas viagens por semana, custa 20 mil Kwanzas, e cada passageiro tem direito a 40 quilos por viagem, com a duração de 10 horas. JL