Luanda – O plano de reestruturação e saneamento da TAAG-Linhas Aéreas de Angola, desde 2018, está a permitir a companhia alcançar a sustentabilidade financeira necessária à criação de valor para o país, assegurou esta segunda-feira, a presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Ana Major.
A reestruturação se enquadrada nas reformas para o sector, estabelecida pelo Ministério dos Transportes, e o Conselho de Administração “tem a firme convicção da viabilidade deste processo, fase os resultados positivos que encaminham a empresa como um negócio viável”.
De acordo com a gestora, as medidas adoptadas permitiram a recuperação dos níveis de actividade de 2019, nas métricas chaves do sector e os resultados líquidos de 2022, fixados em 460 milhões de kwanzas.
A mesma argumenta que até 2018 a companhia operava com um fluxo de caixa de seis dias e que, desde 2019, o saldo de caixa oscila entre os 111 e 150 dias de fluxo financeiro.
Para o efeito, a administração da TAAG está a introduzir mudanças no capítulo operacional, nova cultura organizativa, adequação dos quadros e o realinhamento dos negócios.
Ainda sobre o ponto de vista operacional, a empresa está focada em assegurar a integridade, eficiência, qualidade e segurança das aeronaves, bem como a sua fiabilidade, do ponto de vista do controlo.
Neste aspecto, a PCA disse que estão a ser adoptados mecanismos de controlo de compras, contratação, supervisão da área comercial e vendas, para redução e mitigação da fraude laboral, no sentido de adequar o pessoal às tarefas de urgência para estabilizar a organização.
No campo financeiro, a Ana Major avançou que a empresa tem vindo a reduzir custos e identificar fontes de receitas, evidenciando o esforço de cobrança e renegociação de perdões de dívidas históricas, com fornecedores operacionais indispensáveis, honrando os novos acordos para reconquistar a credibilidade e reduzir risco de disrupção da operação.
Deste facto, “resultou a aprovação da auditoria, indicando a viabilidade do negócio, baseada numa gestão rigorosa e criteriosa, dando lugar à distribuição de um bónus salarial pelo desempenho, no final do primeiro semestre de 2022, a toda a força de trabalho efectiva”, enfatizou a gestora.
Sobre as perspectivas para 2023, a PCA adianta que a TAAG vai continuar a aproximar-se das empresas de aviação de referência mundial, em termos dos indicadores de desempenho.
Neste seguimento, segue a responsável, a TAAG vai manter o processo de recuperação e transformação socialmente responsável e sustentável, com foco na racionalidade dos recursos e na dignificação dos técnicos, em consonância com os objectivos de crescimento económico e desenvolvimento humano de Angola e África, a fim de tornar a companhia de bandeira mais resiliente, sólida e preparadas para o futuro.OPF/AC