Ondjiva - A atribuição de licenças de exploração às empresas madeireiras para o período de 2021, na província do Cunene, estão suspensas devido aos problemas de alterações climáticas (seca cíclica) que afecta a região.
Segundo a Lei de Bases de Florestas e Fauna Selvagem, que regula o exercício da actividade florestal em Angola, anualmente, a campanha florestal, que incide sobre o corte de árvores de forma racional, deve começar a 1 de Maio e terminar a 30 de Outubro, com a atribuição da licença de exploração antes do início da actividade.
Em declaração, nesta terça-feira, à ANGOP, o chefe do Instituto de Desenvolvimento Florestal no Cunene, Dumbo Mupei, disse que das 22 empresas que concorreram para a obtenção de licença na província, até este momento, nenhuma foi licenciada.
Esclareceu que os pedidos foram remetidos à direcção central em Luanda, que indeferiu os processos de licenciamento de empresas deste ramo na província do Cunene, por causa da seca que enfrenta nos últimos anos.
Dumbo Mupei precisou que as áreas para exploração de madeira situam-se nos municípios de Namacunde, Cuanhama e Cuvelai, com um potencial das espécies mussive, mupone, pau-ferro, entre outras.
Tratam-se de espécies raras que atraem o garimpo de madeira, sobretudo na região de Okalua.
Dados preliminares do primeiro Inventário Florestal Nacional de 2017 indicam que Angola tem um potencial florestal de 69 milhões 382 mil e 680 hectares de floresta nativa, quatro milhões 467 mil e 100 localizadas no Cunene, que, em termos de superfície, representa 3,58 por cento do território nacional.