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Sonangol desiste das operações no Iraque e na Venezuela

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 24 Fevereiro de 2023 | 15h28
Sede da Sonangol - petrolífera estatal
Sede da Sonangol - petrolífera estatal
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) anunciou, esta sexta-feira, ter desistido das operações de produção em dois campos petrolíferos no Iraque e prestações na Venezuela, alegando elevados riscos e dificuldades de acesso.

O facto foi avançado pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, sem avançar os investimentos feitos nos dois países.

Gaspar Martins falava em conferência de imprensa no quadro do 47º aniversário da petrolífera nacional.

“ O que tiver de ser ressarcido vai ser ressarcido, atendendo às condições de operação”, disse Gaspar Martins, dando a conhecer que será feita uma avaliação dos activos.

Segundo o responsável, até em termos logísticos, há dificuldades para operar nos dois países, razão pela qual a companhia decidiu sair.

Trata-se da exploração no campo de Qiayrah, no norte do Iraque, onde a produção terá já atingido 35 mil barris/dia (KPD), de acordo com dados partilhados pela petrolífera nacional, em 2021, e no Bloco onshore (terra), em Najmah, próximo de Mossul, localidade afectada, até então, por conflitos armados.

A Sonangol celebrou, em 2009, com o Governo iraquiano, dois contratos com risco, em que o operador é remunerado de acordo com a produção.

Na Venezuela, sob embargo de exploração de petróleo, a petrolífera angolana também desistiu da activação e manutenção dos poços e dos campos.

Para o especialista em petróleo e gás, José Oliveira, a decisão da Sonangol é bem tomada, defendendo que a Sonangol nem deveria ter ido ao Iraque e à Venezuela.

De acordo com o especialista, que falava à ANGOP à margem da referida conferência de imprensa, a ideia de internacionalização da petrolífera nacional para estes países não foi boa.

No entanto, no caso do Iraque, sugere que a Sonangol deve tentar recuperar os investimentos feitos.

“(…) Embora já a produzir, a situação é muito complicada, mas acredito que haverá companhias interessadas na aquisição dos interesses da Sonangol no Iraque”, frisou.

O especialista receia que não seja recuperado o investimento feito na totalidade, mas acredita que, em função do aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional, possa ser recuperado quase o valor total.

No caso da Venezuela, disse que não haverá muitas dificuldades em sair, visto que os investimentos são muito poucos.

 A  Sonangol tem operações em países como Cuba, onde efectua trabalhos de exploração, Brasil e  São Tomé e Príncipe.NE/PPA





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