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Sonangol e ENI assinam memorando para estudos de biorefinaria

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 07 Julho de 2022 | 19h53
Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastiao Martins
Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastiao Martins
Pedro Parente - ANGOP

Luanda - A Sonangol e a petrolífera italiana ENI assinaram, esta quinta-feira, um memorando de cooperação para os estudos de uma biorefinaria - unidade industrial que integra equipamento e processos de conversão de biomassa na produção de combustíveis, electricidade, calor e derivados refinados.

O memorando foi assinado antes da inauguração do novo Complexo de Produção de Gasolina da Refinaria de Luanda, que vai aumentar a capacidade de produção da refinaria quatro vezes mais, saindo de 395 mil litros/dia para um milhão e 580 litros.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração Sonangol,  Sebastião Martins, fez saber que serão iniciados os estudos e chegar às estimativas do verdadeiro valor da biorefinaria, numa altura em que estão a ser feitos os trabalhos preliminares para dar seguimento.

Em relação ao novo Complexo de Produção de Gasolina da Refinaria de Luanda,  Sebastião Martins destacou o facto da redução da emissão de gás, numa vertente de responsabilidade com o ambiente e transição

“Incorporamos iniciativas que visaram a redução de emissão de gás com efeito estufa, assim, reduzimos em 70% o uso de fuel oil (Óleo combustível)  nas fornalhas para produção de vapor em vez de nafta para geração de 10 Megawatts de energia eléctrica e passamos a usar parte do hidrogénio produzido na refinaria, além de aumentarmos a produção de LPG para o nosso consumo interno”, explicou.

Por sua vez, o director-geral da divisão dos Recursos Naturais da ENI, Guido Brusco, disse que o memorando é um instrumento que demonstra que a ENI continuará a implementar o acordo de cooperação.

Guido Brusco destacou as iniciativas sustentáveis do projecto, tais como a reabilitação do ciclo combinado que será alimentado pelo gás hidrogénio produzido pela nova unidade.

Quanto ao novo complexo, Guido Brusco disse que os trabalhos envolveram, diariamente, pelo menos 700 pessoas e quatro milhões de horas de trabalho e sem acidente, desde o arranque das obras, “representando um excelente desempenho em termos de salvaguarda de saúde e segurança no local de trabalho, tendo em conta que a refinaria tradicional foi mantida em funcionamento durante toda fase de construção”.

Guido Brusco afirmou que a Sonangol pode contar sempre com o empenho ENI para apoiar esforços de expansão e modernização, incluindo a possível evolução para uma refinaria verde como parte de desarborização do país.

Dados oficiais indicam que a petrolífera italiana ENI prevê investir até 150 milhões de dólares, nos próximos anos, num projecto para a produção de biocombustíveis em Angola.

O anúncio foi feito em 2021, em Luanda, pelo presidente da companhia, Claudio Descalzi, depois de ser recebido, em audiência, pelo Chefe de Estado, João Lourenço.

A audiência serviu para informar o Presidente da República sobre o referido projecto, que vai absorver mais de 150 hectares de terra em várias partes do país.





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