Luanda - O sector de seguros em Angola registou, no quarto trimestre de 2024, um volume de prémios de 473,7 mil milhões de kwanzas, representando um crescimento de 25 por cento em relação ao período homólogo de 2023.
Os dados foram avançados esta sexta-feira, em Luanda, pela presidente do Conselho de Administração da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Filomena Manjata, durante a segunda edição do encontro sobre “Seguros e Fundos de Pensões: Desafios e Oportunidades”, promovida pela revista especializada Economia e Mercado.
A PCA da ARSEG assinalou na ocasião que, em 2023, os fundos de pensões verificaram uma valorização de 28% dos activos sob gestão, atingindo a marca de 1,1 bilião de kwanzas.
Este crescimento, referiu, reflecte o papel essencial dos fundos de pensões na garantia da segurança financeira dos trabalhadores, assegurando benefícios como pensões de reforma, invalidez e sobrevivência.
Nesta perspectiva, informou que os montantes pagos aos beneficiários, incluindo pensões de reforma, benefícios por invalidez e prestações por sobrevivência, cresceram 11% em 2024, enquanto as contribuições dos participantes e associados aumentaram 26%.
Salientou ainda que apesar dos avanços registados, existe ainda uma preferência pelo fundos fechados, indicando a necessidade da promoção dos fundos abertos e diversificação das carteiras de investimento.
Até 31 de Dezembro de 2024, o sector já contava com 41 fundos de pensões geridos por nove Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP).
A responsável entende que a densidade de seguros em Angola continua aquém do ideal, situando-se em cerca de 20 mil kwanzas per capita.
"Em função destes indicadores, a nível do Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro tem sido implementada a Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF), onde, para o sector de seguros e de fundos de pensões, se destacam os produtos e instrumentos financeiros úteis e acessíveis", frisou.
Apontou digitalização e a inovação tecnológica como um dos principais desafios a alcançar, com vista a transformar a acessibilidade e a eficiência dos seguros e dos fundos de pensões para permitir maior capilaridade dos serviços e uma melhor experiência para os consumidores", salientou.
Filomena Manjata destacou que nos últimos cinco anos, a ARSEG tem se engajado na modernização do quadro regulatório aplicável ao sector de seguros e de fundos de pensões, com vista a torná-lo mais moderno, adequado à realidade nacional e às orientações dos organismos internacionais, visando a protecção dos tomadores de seguros, segurados, beneficiários, participantes, contribuintes e os consumidores destes produtos e serviços financeiros.
Participam do encontro, que analisa temáticas ligadas à “Governança como Ferramenta de Gestão para a Segurança do Mercado de Fundo de Pensões” e o “Impacto da Nova Lei para o Fundo de Pensões”, agentes e mediadores de seguros. ACC/ASS
