Sector petrolífero centraliza noticiário da semana

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  • Luanda • Sábado, 03 Agosto de 2024 | 17h30
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
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Luanda – O balanço das actividades do mercado de derivados do petróleo, referente ao segundo trimestre deste ano, constitui um dos factos que dominou o noticiário económico da ANGOP, na semana finda.

No período em análise, um milhão 144 mil e 642 toneladas métricas (TM) de derivados de petróleo foram adquiridas pelas empresas que operam, em Angola, das quais 63,8% resultantes de importação, avaliada em 689 milhões de dólares americanos.

De acordo com o relatório do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), da quantidade total de refinados (combustíveis líquidos), 63,8% resultantes de importação, 35,4% foram provenientes da Refinaria de Luanda e 0,8% da Cabgoc - Topping de Cabinda.

No balanço apresentado pelo director-geral adjunto do IRDP, António Feijó, cerca de 59,4% da quantidade de combustíveis corresponde ao Gasóleo, 22,2% a Gasolina, 12,3% ao Fuel Ordoil, 3,8% ao Jet-A1, 1,2% ao Betume Asfáltico e o restante 1,1% ao Petróleo Iluminante.

As quantidades adquiridas, referiu, representam uma redução de aproximadamente 8% em relação ao trimestre anterior. O país contou com uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos, em terra, de 675 mil metros cúbicos (m3).

Ainda no domínio dos petróleos, a ANGOP destacou a visita do Presidente do Madagascar, Andry Rajoelina, à Refinaria de Luanda, durante a qual aferiu o potencial desta petroquímica e do sector petrolífero angolano, de forma geral.

O estadista malgaxe, que esteve em Luanda no quadro do reforço da cooperação entre Angola e o seu país, inteirou-se, entre outros planos, sobre o último projecto de melhoria da refinaria, que aumentou a capacidade de produção da gasolina, do gás butano e do hidrogénio cinzento.

Durante a semana procedeu-se ao lançamento oficial de um projecto para o fabrico de fertilizantes, a ser concretizado na província do Zaire, visando a auto-suficiência no país e possível exportação deste produto, numa iniciativa privada do consórcio Amufert.

O processo vai gerar quatro mil e 700 postos de trabalho, sendo 3 500 na fase de construção da unidade fabril e 1 200 na etapa de produção, promovendo desenvolvimento socioeconómico nas comunidades locais e regionais, especialmente no município do Soyo.

Outra manchete dos últimos sete dias prende-se com o anúncio do consórcio constituído pelas empresas Mota-Engil África S.A e Mota- Engil Angola S.A como vencedor do concurso público, na qualidade de parceiro estratégico e tecnológico, com vista à redinamização do Estaleiro Naval de Porto-Amboim (PAENAL).

Por seu turno, a Sociedade Mineira do Lulo extraiu, esta semana, de um diamante de 176 quilates na sua mina aluvionar, localizada no município de Capenda- Camulemba, província da Lunda-Norte.

Trata-se do quinto com mais de 100 quilates recuperados na mina este ano.

O mineral estratégico da categoria Ila, com arestas nítidas e angulares, abrange apenas dois por cento dos diamantes em todo o mundo, caracterizando-se por um elevado grau de transparência e pureza.

Ainda no período em referência teve realce a informação a dar conta que a construção da Central Solar Fotovoltaica de 32,2 Megawatts do município fronteiriço do Luau, província   do Moxico, termina em Dezembro de 2025, contando com capacidade para fornecer energia a mais de 100 mil habitantes.

O nível de execução física das obras ronda os 50 por cento, de acordo com o secretário de Estado para a Energia, Arlindo Carlos, que prestou a informação durante uma visita ao local.

O Parque Fotovoltaico do Luau é suportado por baterias com até 79,77 MW/hora, sendo o segundo a ser construído na província do Moxico, depois do Luena, que tem capacidade de 26 MW.

Já o Ministério da Indústria e Comércio divulgou, durante a semana finda, os resultados alcançados da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024), cujo volume de negócios directos, realizados pelos expositores e pelo ecossistema da feira, atingiu um montante global de 4 mil milhões 287 milhões e 800 mil kwanzas.

É um indicador que justifica o evento como catalisador para o crescimento económico de Angola. A estimativa do volume de negócios que foram gerados pelos expositores, no âmbito da feira, é de 54 mil milhões 175 milhões de kwanzas.

A FILDA 2024 decorreu de 23 a 28 de Julho último, na Zona Económica Especial (ZEE), com mil 771 participações, entre directas e indirectas, com uma representatividade notável de 85% de expositores nacionais (1.505) e 19 países. OPF/VC

 



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