Luanda – O sector não-petrolífero da economia angolana poderá crescer 3,42%, sendo determinante no crescimento económico global previsto para 2023, segundo o ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.
Segundo o ministro, que falava na cerimónia de posse dos novos membros do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), para 2023, prevê-se, igualmente, um crescimento global da economia de Angola de 3,3%, contra 2,7% previsto para 2022.
Diante deste cenário, o ministro de Estado apelou a necessidade de se consolidar e aprofundar este crescimento “puxado pela economia não petrolífera”, no qual o sector privado é o principal actor.
Para Manuel Nunes Júnior, este deve ser o foco de toda acção governativa para que Angola tenha uma economia forte e sustentada, menos dependente do petróleo e capaz de fazer face aos choques externos.
O ministro destacou os sectores da agricultura e pecuária, das pescas, da indústria transformadora, indústria extractiva, do turismo e outros do domínio não petrolífero como as áreas que devem merecer a atenção das autoridades governamentais, nos próximos tempos.
Apontou ainda os programas de fomento da produção de grãos (Planagrão), pecuária e pescas como projectos que terão “grande impacto no aumento da produção nacional no país”, no próximo ano.
O governante avançou que o Orçamento Geral de Estado (OGE-2023) prevê recursos para estes três programas, quer para investimentos públicos quer para o apoio do credito aos empresários que se dedicam ao sector produtivo.
Para o sucesso destes programas, prosseguiu, a AIPEX desempenha um grande papel para a atracção do investimento privado nacional e estrangeiro, assim como a promoção de parcerias entre os empresários.
Conforme o ministro de Estado, a coexistência de investimento privado nacional e estrangeiro no país vai tornar o crescimento e o aumento da produção mais rápido, eficiente e sustentado.
Por isso, apelou que a AIPEX deve continuar a trabalhar, de modo intensivo, para captar investimento privado estrangeiro para aportar ao país capital financeiro, conhecimento e tecnologia avançada.
“O presente Conselho de Administração de Administração tem conhecimento e a experiência necessárias para fazer um trabalho diferenciado, apresentando resultados concretos, a curto, médio e longo prazo, no que diz respeito à captação de investimentos”, sublinhou.
Segundo Manuel Nunes Júnior, o país precisa destes resultados para que a diversificação económica seja cada vez mais um facto em Angola e, consequentemente, se aumente os empregos com melhores salários, visando a melhorias das condições de vida dos cidadãos.
Por seu turno, o presidente do Conselho da Administração da AIPEX, Lello João Francisco, assegurou que vai reforçar cada vez mais a intervenção da Instituição para que os objectivos sejam alcançados.
Apontou o reforço na criação de um ambiente propício de negócios em Angola como um dos desafios da AIPEX, em 2023.
A tomada de posse dos novos membros do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações surge na sequência da nomeação de individualidades, feita pelo Presidente da República, João Lourenço, terça-feira última.
Conforme a nomeação do Titular do Poder Executivo, Lello João Francisco assume o cargo de presidente do Conselho de Administração, enquanto Cláudia Gonçalves Pedro, Neide Natalécia Cardoso Miguel dos Santos, José Chinjamba e José Afonso Gama Sala são os administradores executivos, respectivamente.
Com esta nova composição da AIPEX, o Presidente da República dá por findo o mandato do anterior Conselho de Administração até então presidido por António da Henriques da Silva.