Luanda – O Governo angolano continua a trabalhar para diversificar a produção de minerais, através da exploração de múltiplas cadeias de valor, desenvolvimento e modernização da actividade geológica, perspectivando aumentar a contribuição deste sector para mais de 2% no Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, existe acções para apoiar os produtores a elevar a produção de diamantes e ouro, com vista à expansão da cadeia de valor.
Ao falar sobre o programa de desenvolvimento e modernização das actividades geológicas, durante a 14ª sessão temática promovida, esta quinta-feira, em Luanda, pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, o dirigente apontou a exploração do ferro, das rochas ornamentais, entre outros minerais como factores que contribuem no alargamento da produção mineira.
O secretário de Estado referiu ainda que os investimentos são feitos no sentido de assegurar o aproveitamento de recursos minerais não metálicos, nomeadamente, fosfatos e potássio para a produção de fertilizantes e calcário para a correcção dos solos.
Jânio Corrêa Victor reforçou a pretensão de se apoiar os produtores a aumentar a produção de rochas ornamentais, fomentar o aumento do número de pedreiras em produção e construir o Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais do Namibe, até 2026.
A par disso, lembrou que o país conta com duas grandes minas, nomeadamente Catoca e Luele, para além de criar mais de 27 mil empregos directos nas diferentes províncias do país.
Para além do início da produção dos projectos diamantíferos Yetwene, na província da Lunda-Norte e Luele (Luaxe), na Lunda-Sul, recordou que está em curso os projectos de diamantes de Luachimba, Xamacanda, Moquita, Tchitengo, Chiri e Lulo, numa altura em que prosseguiram as obras das instalações provisórias da Bolsa de Diamantes de Angola.
Reforçou também que o país está a reestruturar os projectos de prospecção de ouro, Chiaca e Cabinvest, ambos localizados na província de Cabinda, bem como prosseguem os trabalhos de construção da Refinaria de Ouro de Angola, em Luanda.
Adicionalmente, disse que o Executivo também quer aumentar o conhecimento geológico de Angola, visando a elaboração de mapas e actualização do inventário dos recursos minerais existentes no país.
Entre as principais prioridades para alcançar essa pretensão, prevê-se concluir o Plano Nacional de Geologia (Planageo), acelerar os projectos actuais de Investigação Geológico-Mineira (IGM) do Instituto Geológico de Angola (IGEO).
Consta também da agenda do sector a elaboração de um projecto específico para a melhoria do conhecimento geológico dos minerais necessários, para a transição energética, incluindo, entre outros, lítio, níquel, zinco, nióbio, tântalo e minerais de elementos de terras raras. HM/QCB