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Lunda Sul prevê produzir mais de 10 milhões de quilates de diamantes

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 24 Novembro de 2021 | 18h19
Indústria extractiva angolana pode ser mais transparente com sua adesão à ITIE (Foto ilustração)
Indústria extractiva angolana pode ser mais transparente com sua adesão à ITIE (Foto ilustração)
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Saurimo – O secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correa Victor, informou esta quarta-feira, em Saurimo (Lunda Sul), que o sector mineiro a nível da região prevê atingir a meta de 10.055 milhões de quilates de diamantes, contra 8.31 de 2020.

Em declarações à ANGOP, no quadro dos preparativos da realização da I Conferência dos Diamantes na cidade de Saurimo, o responsável justificou que esta pretensão justifica-se com a entrada em funcionamento da primeira fase do projecto Luaxe, em 2022, cujos índices de produção são maiores em relação a outros existentes na região.

Explicou que em 2020, apesar da meta de 8.31 milhões de quilates perspectivado, foi executado 7.907 milhões de quilates, com o grau de execução de 95 porcento, enquanto de Janeiro a Outubro deste ano o grau de execução é de 6.592, com 72 porcento de desempenho.

Fez saber que até Dezembro do ano em curso a meta é de atingir 9.41 milhões de quilates de diamantes, ressaltando que, em média anual, o país produz cerca de 9 milhões de quilates de diamantes e 18 milhões por lapidar.

Anunciou estar em curso, pela ENDIAMA, até Janeiro de 2022, o recrutamento massivo de jovens e técnicos superiores em geologia e minas, ambientalistas, metalurgia, geofísicos, mecânicos e especialistas em prospecção de diamantes, com vista a assegurarem o normal funcionamento das minas.

Garimpo

O secretário de Estado dos Recursos Minerais, Jânio Victor, anunciou que em 2022 uma das prioridades do Executivo é acabar com garimpo, porque tem contribuído, em grande medida, no retrocesso de alguns projectos.

Daí que, prosseguiu, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) tem gizado um programa para legalizar as cooperativas diamantíferas, com vista a que trabalhem de acordo com o código mineiro, destacando-se aspectos como o repovoamento de árvores e outras espécies nas zonas já exploradas.

Deste modo, expressou, será possível contribuir no desenvolvimento do país e atrair mais investidores do sector, para dar emprego aos jovens formados na área da mineração.

A I Conferência dos Diamantes decorre de 25 a 27 deste mês no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo.

Trata-se do primeiro grande evento internacional de diamantes em Angola, que congregará alguns dos principais stakeholders de toda a cadeia de valor da indústria diamantífera mundial, portadores de vasta experiência profissional e reconhecida reputação.

Em Angola, os primeiros registos de ocorrência de diamantes verificaram-se em 1590, enquanto os primeiros cristais classificados como diamantes foram descobertos em 1909.

Em 1912 aumentaram as evidências da existência de diamantes no país, quando dois geólogos ligados à empresa “Forminiére” encontraram sete diamantes na riacho de Mussalala, na Lunda Norte.

Neste mesmo ano, foi criada a Companhia de Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA). As primeiras explorações diamantíferas tiveram lugar no rio Chicapa e seus afluentes.





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