Luanda - O sector agrícola perde de cinquenta a 100 milhões kwanzas por falta de investimentos em tecnologias digitais que permitam comprar e vender produtos em plataformas de internet, informou hoje a vice-presidente da Cooperativa agrícola, Kanacassassa, Elvira Manuel.
Deste modo, a responsável referiu que o domínio das tecnologias, baseadas em inclusão digital das micro empresas de negócios, torna-se cada vez mais necessário para a sobrevivência no mundo actual.
“Perdemos muito com a falta de inclusão digital, pois acabamos por não publicitar o nosso produto e dificulta a presença de clientes nos nossos campos”, asseverou.
Apontou que a sua cooperativa tem vindo a trabalhar para informatizar os nomes de alguns produtos agrícolas, de forma a lançar nos próximos dias em plataformas digitais mais usadas, actualmente.
Elvira Manuel, que falava durante o workshop sobre “Inclusão digital e do género em micro-négocios”, realizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), precisou que, para ultrapassar esse desiderato, há necessidade de utilizar, produzir e distribuir informações e conhecimentos por meio das tecnologias de informação e comunicação, de forma a garantir o crescimento do sector.
Deste modo, salienta que vai se contribuir, não apenas para o crescimento do sector agrícola, mas para o desenvolvimento industrial e tecnológico e aumentar a competitividade das micro empresas ligadas ao empreendedorismo.
Criada em 2015, durante o ano de 2022 à 2023, a Cooperativa Kanacassassa produziu mais de 120 toneladas de tomate e 70 toneladas de cebolas.
Esta agremiação, que produz ainda hortícolas como beringela e quiabos, tem por cultivar uma área de 900 hectares, sendo que é composta de 150 associados, dos quais 70 mulheres. JAM/AC