Luanda - O secretário-geral da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), Haitham Al-Ghais, enalteceu,hoje, quarta-feira, em Luanda, o papel de Angola nesta instituição que estabelece a política da produção e venda de 13 crudes.
Haitham Al-Ghais lembra os momentos que considerou “marcantes” da contribuições de Angola, representada pelo titular da pasta dos petróleos, Diamantino Azevedo, como chefe da delegação angolana em várias sessões realizadas pela OPEP.
A mais recente contribuição de Angola, acrescentou, foi prestada há dois meses, a quando da participação do país no oitavo seminário da organização que decorreu, em Viena, Áustria,onde os seus representantes enriqueceram as abordagens do evento.
Haitham falava na abertura da Conferência Internacional e Exposição sobre “Oil and Gas”, um evento em que participa pela segunda vez.
Na organização, Angola tem uma quota de produção de 1 455 000 barris de petróleo, numa altura que à produção está ainda abaixo dos 1 200 000 barris, o que implica que ainda não está a atingir a cifra que prevê aumentar em 2024.
Em Abril deste ano, 2023, Angola foi o maior produtor de petróleo em África ultrapassando a Nigeria.
Segundo o relatório mensal da OPEP publicado naquela altura, Angola produziu 1,06 milhões de barris de petróleo por dia, beneficiando da queda de 23% na produção petrolífera da Nigéria que fixou-se em 999.999 barris por dia, uma queda dos 1,3 milhões de produção em Março deste mesmo ano.
Perspectivas do mercado
De acordo com as projeção global de petróleo da OPEP partilhadas no evento, pelo secretário-geral, a população global está projectada a aumentar 1,6 biliões, até 2045, e a economia global está estimada a crescer o dobro no mesmo intervalo de tempo.
Com os resultados desta mudança, a demanda de energia global está prevista a aumentar em mais de 23% , até 2045, e claramente, todas as formas de energia serão necessárias, segundo Haitham al Ghais.
A demanda de petróleo está projectada a aumentar a nível global na ordem dos 110 milhões de barris por dia, no ano referido, e este número poderá ser superado se as políticas que promovem as formas de alternativas de de energia não forem materializadas.
Para se atender as necessidades futuras da demanda, o sector global petrolífero vai precisar um investimento cumulativo de 12,1 triliões de dólares , até 2045.
Acrescentou que, as estimativas actuais anuais de investimento tem sido bem abaixo deste nível, devido aos desafios e o foco crescente de governança ambiental e social (ESG).
“A estabilidade do mercado do petróleo e um dos pré requisitos essenciais para um ambiente favorável de investimento na indústria”, sublinhou.
Por este motivo, a OPEP + decidiram tomar acções adequadas para permitir o equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado.
Com base em observações feita ONU, mundialmente, 675 milhões de pessoas ainda careciam de energia elétrica, em 2021, e na parte da África Subsaariana os números atingiram 50% da população.
Mundialmente, 2,3 biliões de pessoas que representam quase 30% da população global, continuam a depender de sistema deficientes e poluentes de energia, como combustíveis de cozinha.
Segundo Haitham Al-Ghais, a pobreza energética constitui como um exemplo que realça a grande importância das políticas alternativas climáticas que aderem aos princípios de equidade, responsabilidade de se atingir a meta comum.NE