Ramiros - O secretário de Estado para as Pescas e Recursos Marinhos, Álvaro dos Santos, sublinhou esta segunda-feira a preservação do ecossistema aquático para o desenvolvimento sustentável das comunidades e a garantia de resultados positivos para as próximas gerações.
O responsável falava no Conselho de Gestão Integrada dos Recursos Biológicos Aquáticos do ministério de tutela, afirmando ser este um grande compromisso do departamento ministerial.
Referiu que os recursos biológicos e aquáticos também representam uma oportunidade estratégica para promover a segurança alimentar, impulsionar a economia azul e reforçar posições no cenário mundial.
“A organização e a eficiência são ferramentas fundamentais para melhorar o aproveitamento e a produção ao longo da costa angolana e trabalhando de forma coordenada podemos transformar e garantir um futuro sustentável, mais produtivo para todos os envolvidos” sublinhou, reconhecendo as dificuldades que os armadores enfrentam, devido à falta de peixe em algumas regiões costeiras.
Na ocasião, a directora do Gabinete de Estudo Planeamento e Estatística do ministério, Joana Gomes, reiterou dados do sector que teve, de Janeiro a Outubro do ano em curso, uma produção de 547 mil toneladas de pescado, exportou 11 mil toneladas, até o primeiro semestre de 2024, correspondendo um volume global avaliado em 25 mil milhões de kwanzas de receitas.
No período em referência, foram registadas 425 infracções, cobrados sete mil milhões de kwanzas, dos quais foram pagos 18 por cento, correspondente a Kz mil milhões. Em dívida estão 81,9 por cento, que corresponde a 5 mil milhões de kwanzas.
A falta de registo das embarcações e a pesca em lugares inapropriados lideram a lista das infracções.
Em 2023 o sector das pescas teve uma produção de 601 toneladas.
O evento decorre sob o lema “Ecossistemas saudáveis, futuro seguro” e durante dois dias aborda, entre outros, temas como “Sustentabilidade na produção de sal: Desafios e estratégias”, “Identificação e mapeamento das micro áreas de conservação” e “Estado biológico dos principais recursos haliêuticos”.
Serão ainda debatidos aspectos ligados à importância do Programa Nacional de Amostragem Biológica da Pesca Comercial para avaliação dos recursos pesqueiros, proposta de medidas de gestão das pescarias marinhas, da pesca continental, da aquicultura e do sal para o ano de 2025. AP/AKA/VC