Caála – O nível de vida da população do município da Caála (Huambo) empobreceu ainda mais, com o aumento, acima dos 100 por cento, dos preços dos produtos agrícolas, em consequência da seca.
Numa ronda efectuada, nesta sexta-feira, pela Angop em alguns armazéns de venda a retalho e mercados informais da municipalidade, foi possível constatar que a seca influenciou negativamente na alteração dos preços, com a escassez dos principais produtos agrícolas.
Entre os produtos com alteração nos preços destaca-se o milho, que custa kz 250, contra os anteriores 130, por cada quilograma, ao passo que a sua farinha (fuba) passou de kz 250 para 550 Kwanzas.
O quilograma de feijão custa agora kz 900, registando um aumento de kz 500, enquanto o de soja está a ser vendido a kz 600, mais kz 140.
Este aumento, com uma avariarão acima dos 100 por cento, verifica-se ainda nos preços do tomate, cebola, alho e pimenta,
Em reacção a subida dos preços dos produtos agrícolas, a directora da Agricultura no município da Caála, Fátima André, recomendou as famílias camponesas no sentido de optarem por culturas de círculo curto, com realce para as hortícolas e o feijão, durante a segunda época, prevista para este mês.
Também aconselhou a produção de culturas de défice hídrico como a batata-doce e a mandioca, para minimizar o défice alimentar.
Para época agrícola 2020/2021 foram preparados aproximadamente 500 hectares de terras, com envolvimento de 66 mil famílias camponesas, distribuídas em 150 associações e 131 cooperativas, que se dedicam ao cultivo de cereais, tubérculos, leguminosas e hortícolas.
