Lobito - Os salineiros nacionais precisam de acesso aos mercados internacionais para a promoção e venda do produto, considerou, em Benguela, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.
Falando a jornaliatas, no final de uma visita a algumas salinas, o ministro assegurou que Angola está entre os maiores produtores de sal a nível de África.
Questionado sobre a estratégia a adoptar para promover o produto, apontou o Programa de apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
"Fizemos recentemente um périplo pela Europa, onde fomos buscar investidores e um outro na República Democrática do Congo (RDC), onde a abordagem foi mais sobre o acesso aos mercados", explicou.
Segundo ele, neste primeiro fórum, realizado na RDC, depois de 40 anos de independência, sentiu-se muita procura por parte dos congoleses.
"Grande parte do nosso sal, fruto do consumo interno, tem estado a cruzar as fronteiras, principalmente da RDC, que é um dos maiores consumidores", afrimou.
Mário Cateano João disse ainda que é necessário prozudir muito mais, devido aos seus derivados, tais como o soro fisiológico, que é feito à base do produto.
"Temos de incentivar para que os mais diversos segmentos da cadeia do sal possam ser montados e assim conseguir amadurecer a nossa abordagem sobre a diversificação das exportações", frisou.
O ministro visitou as Salinas Calombolo, passando pelo centro de processamento do sal, de bombagem e a fábrica de refinação, onde recebeu informações detalhadas sobre o seu funcionamento.
Chamou-lhe atenção, a produção de fetilizantes orgânicos, feitos à base de resíduos de peixe.
Sobre este aspecto, incentivou o proprietário a candidatar este produto ao selo Feito em Angola, principalmente ao selo verde.
"Estamos a ver uma determinada dinâmica para que possamos tirar o máximo proveito daquilo que o país oferece", considerou.
Passou igualmente pelas Salinas Tchicambi, um projecto empreendido por jovens, que beberam da experiência da Calombolo, e estão a dar os primeiros passos, com financiamento do Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA).
O governante deixou uma mensagem aos produtores de sal, pedindo para que não fiquem longe do comboio de acesso aos mercados e que tirem proveito das acções do Governo.
"Vamos realizar o segundo fórum económico com a RDC, em Novembro deste ano, que será dois dias depois da Expo Angola. Quem quer tirar proveito de participar", avisou o ministro. TC/CRB