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Saída da OPEP não irá impactar no ambiente de negócios - Pedro Godinho

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 21 Dezembro de 2023 | 18h54
Empresário do ramo petrolífero, Pedro Godinho
Empresário do ramo petrolífero, Pedro Godinho
Nelson Malamba - ANGOP

Luanda – O empresário do ramo petrolífero Pedro Godinho defendeu esta quinta-feira, em Luanda, que a saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) “não irá impactar, negativamente, no ambiente de negócios” deste sector.

Segundo a fonte, que falava à ANGOP, a propósito da decisão do Governo angolano de abandonar a organização, o país tem “como meta produzir 1 milhão e 800 mil barris de petróleo-dia, nos próximos tempos”, o que poderá reduzir o impacto dos prejuízos.

Pedro Godinho entende que Angola já devia anunciar a sua retirada em 2015, quando a sua capacidade de produção esteve abaixo da quota estabelecida pela OPEP.

O também presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos da América - Angola  sublinhou que o país teve tempo de deixar a OPEP quando “não estava em condições de atingir a quota estabelecida de 1 milhão e 200 mil barris por dia”, entre 2018 e 2020.

“A OPEP funciona como um grupo de amigos que decidiu juntar-se para formar uma organização, cujo objectivo essencial é influenciar o preço do crude no mercado mundial, com o compromisso de cada membro sacrificar o corte da sua produção e contribuir financeiramente para o desenvolvimento da organização”, lamentou.

A decisão de Angola de abandonar a OPEP, à qual aderiu voluntariamente em 2006, já foi transformada em Decreto-Lei, assinado hoje pelo Presidente João Lourenço.

A decisão surge depois da 36ª Reunião Ministerial da OPEP e seus aliados, realizada a 30 de Novembro deste ano, via vídeo-conferência, que resultou na atribuição a Angola de uma quota de produção de 1.110 milhões de barris de petróleo bruto por dia.

A esse respeito, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), Diamantino Azevedo, explicou que a decisão não foi tomada por unanimidade e contrariou a posição de Angola, pelo que o Governo angolano reiterou a sua proposta de produzir 1.180 milhões barris de petróleo bruto por dia, no ano de 2024. 

Na sequência, Angola, que tem cumprido, cabalmente, com todas as suas obrigações na OPEP, há 16 anos, enviou uma nota de protesto ao Secretariado Geral da organização.QCB/AC

 





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