Lubango - A produção de rochas ornamentais em Angola vai aumentar em 10 por cento/ano no quinquénio 2023-2027, com a implementação de acções prioritárias para o desenvolvimento e modernização de actividades geológico-mineiras.
A informação foi fornecida pelo director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Alexandre Garrett, à margem do workshop sobre Rochas Ornamentais de Angola (ROA-2023), realizado na cidade do Lubango, província da Huíla.
No quinquénio 2017-2022, a produção atingiu os 61,63 mil metros cúbicos, com uma variação de 46,338 mil e 156,769 mil metros cúbicos, tendo atingido o volume mais alto em 2022, segundo a fonte.
Ao falar do tema "Objectivos, metas e acções prioritárias para a cadeia produtiva de rochas ornamentais 2023-2027", o director afirmou que para se atingir a meta preconizada prevê-se aumentar a atracção e capitação de investimento por via da melhoria do quadro jurídico-legal e da informação geológica, visando garantir o aumento sustentável da actividade de prospecção, exploração e beneficiamento.
Disse que se pretende continuar com a investigação geológica mineira para o alargamento das áreas com potencial para a exploração mineira ea criação de prospectos para investimentos, assim como prestar apoio institucional às operações.
Alexandre Garrett referiu que durante o quinquénio o sector vai fomentar o aumento do número de pedreiras em produção, bem como criar incentivos e soluções de financiamento que promovam a prospecção e exploração.
Dentre as acções prioritárias, conforme o responsável, consta ainda o desenvolvimento do capital humano e tecnológico do sector, mediante a formação especializada de técnicos nacionais para o incremento da produtção das rochas ornamentais, com a construção de um pólo de desenvolvimento.
O director salientou que o reforço da sustentabilidade ambiental no desenvolvimento da actividade mineira e a reafirmação do compromisso do sector com a implementação de projectos e acções de responsabilidade social estão nas prioridades do ministério de tutela.
"Com a materialização dos objectivos, metas e acções prioritárias para o quinquénio, dar-se-á cumprimento à visão formulada para o subsector dos recursos minerais, tornando-o mais diversificado, para potenciar o desenvolvimento das múltiplas cadeias de valor de minerais", sublinhou.
Afirmou que as políticas a produção das rochas ornamentais constam da Estratégia de Longo Prazo “Angola 2050”, do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 e do Plano de Desenvolvimento do Sector dos Recursos Minerais.
A produção de 2022 foi garantida por 20 empresas. Dentre as principais acções realizadas no quinquénio anterior destaca-se a criação do Centro de Valorização de Rochas Ornamentais da Huíla, o fomento do associativismo, para a valorização do produto nacional.EM/MS