Huambo -A resiliência económica dos produtores individuais e colectivos da província do Huambo, está a resultar em novas oportunidades de negócios, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, constatou a ANGOP, esta sexta-feira.
Os operadores económicos, sobretudo, os jovens passaram apostar na segmentação das iniciativas empreendedoras e no mecanismo da reinvenção das técnicas de venda de produtos, com o propósito de aumentar a renda familiar e o fomento do auto-emprego.
Por esta via, os produtores defendem a desburocratização do acesso aos créditos bancários e consequente prudência destas instituições, para evitar o desperdício financeiro, através da definição de sistemas de garantias eficientes e capazes de reanimar as políticas económicas.
Em declarações à ANGOP, o presidente da cooperativa agro-pecuária do Huambo, Luis Sampaio, disse que a banca deve estar envolvida na disponibilização de créditos em tempo real, para a estimulação da economia local.
Informou que a cooperativa dispõe de 70 associados que actuam no sector pecuário, com a criação de gado bovino, suíno, caprino, ovinos e aves.
Realçou que esta organização controla o mercado de venda de ovos na província do Huambo, onde os associados desejam aumentar a produção para participar nos esforços da consolidação da segurança alimentar.
O jovem Paulino Chilonguila constituiu, há cinco anos, uma empresa de sapataria denominada “Jopahil” assegurando por quatro trabalhadores, com recursos de máquinas rudimentares e matéria-prima reciclada, cuja produção depende das encomendas dos clientes.
Com esta dinâmica, acrescentou, encontra o auto-sustento e o pagamento de salários dos trabalhadores, com cada sapato comercializado a 25 mil Kwanzas.
Ester Chitaca, empreendedora, criou um negócio de produtos cosméticos orgânicos baseado em óleo e cremes, vendidos nos principais mercados da província do Huambo.
Daniel Camondanda Jolemo, agricultor individual, disse que se dedica à produção de tomate, cebola, melancias e batata-rena, cujo excedente é comercializado nos mercados informais e lojas desta região.
Por isso, solicitou incentivos financeiros à banca, para aumentar a produção de hortaliças e, consequentemente, envolver os jovens na actividade agrícola.
O presidente da cooperativa “Caluneva Candondo”, João Tiamba, com 20 associados, trabalha na produção de cebola, tomate, soja e hortaliças diversas, depois de receber um incentivo financeiro avaliado em dez milhões de Kwanzas, por via do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário(FADA).
Recorde-se que o Governo da província do Huambo realizou, quinta-feira, um workshop sobre as Medidas de Estímulo à Economia, visando o alargamento das opções de créditos, para a dinamização dos programas sociais e económicos nesta região do Planalto Central.
Durante o evento, as instituições financeiras representadas na província do Huambo prometeram apoiar as iniciativas empreendedoras locais para o desenvolvimento sustentável.
Trata-se do Banco de Desenvolvimento de Angola(BDA), Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário(FADA), Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial(PDAC), Fundo Activo de Capital de Risco Angolano(FACRA) e o Fundo de Garantia de Crédito(FGC). LT/JSV/ALH