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Reserva Estratégica já operacional com 150 mil toneladas de alimentos 

     Economia              
  • Luanda • Terça, 21 Dezembro de 2021 | 18h38
Interior do Armazem de Café (arquivo)
Interior do Armazem de Café (arquivo)
cedida

Luanda – Cerca de 150 mil toneladas de alimentos asseguram, desde terça-feira, a operacionalização efectiva da Reserva Estratégica Alimentar (REA) em Angola, com três produtos iniciais, todos já produzidos e transformados localmente.

Segundo o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, essa quantidade é parte das 354 mil toneladas de alimentos previstas para a primeira fase de armazenamento, avaliada em 250 milhões de dólares, e no decurso deste mês efectuar-se-á o reforço.

A meta, assegurou, é atingir 520 mil toneladas de alimentos, para essa cadeia de aquisição, armazenamento e distribuição.

O açúcar em saco de 50 quilogramas, arroz (25kg) e caixa de coxa de frango (10kg ) compõem os produtos seleccionados nesta etapa do início do projecto, que deverá influenciar a redução dos preços dos produtos em até 5% para o consumidor final. 

Aprovado em Janeiro do corrente ano pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, o programa vai garantir a intervenção directa do Estado no preço dos produtos alimentares essenciais da cesta básica, devendo aumentar progressivamente o stock.

Aquando da sua criação, a Reserva Estratégica Alimentar (REA) garantia um stock inicial de 11 produtos variados. Contudo, os restantes oito produtos começarão a ser armazenados nas próximas semanas.

O ministro Victor Fernandes disse que com essa iniciativa o Estado angolano conclui mais uma importante medida para proteger e melhor a vida das famílias e empresas, apostando na aceleração da indústria produtiva e tranformadora do pais, já muito relevantes a nível da produção nacional.

Acrescentou que em resultado da actuação da REA, os diversos agentes, operadores e distribuidores alimentares do mercado nacional vão finalmente poder adquirir e disponibilizar produtos da cesta básica a preço de referência internacional, melhorando assim a qualidade de vida da população.

De acordo com o governante, a reserva será um mecanismo de fomento da produção nacional, pois vai agir como um grande comprador do stock dos produtos dos produtores de cooperativas organizadas e agricultores comerciais.

“A iniciativa do Governo de Angola visa também acudir o mercado em situação de calamidade, crise generalizada ou fecho dos canais internacionais de importação, bem como corrigir distorções causadas por agentes económicos, ao não induzirem produtos”, disse.

O programa será operacionalizado pela Gescesta (entidade estrangeira privada vencedora do concurso público), que está encarregue de adquirir, receber, armazenar e distribuir os produtos para todos agentes do mercado.

A Reserva Estratégica Alimentar envolve o Ministério da Indústria e Comercio e o Entreposto Aduaneiro de Angola.

A ANGOP apurou que, na altura da sua criação, a Reserva Estratégica Alimentar previa um stock inicial dos seguintes 11 produtos: farinha de milho, de trigo e de mandioca, massango, açúcar, óleo alimentar, feijão, arroz, sal iodizado, peixe seco e frango.





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