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UE considera positiva exportações não petrolíferas de Angola  

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 31 Maio de 2023 | 17h20
Navios (Foto ilustração)
Navios (Foto ilustração)
Nelson Malamba - ANGOP

Luanda - O relatório de balanço do Programa de Formação da União Europeia (UE), destinado a apoiar o comércio e a diversificação da economia angolana, considera que Angola está numa tendência positiva das exportações não petrolíferas, estimada em cerca de quatro por cento, fruto do processo de diversificação da economia.

De acordo com o Programa de Formação Conjunta União Europeia – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (CNUCED), denominado “Train for Trade II”, em curso no país, desde 2017, os indicadores macroeconómicos são animadores, porém recomenda-se que Angola precisa redobrar esforços para ampliar a diversificação sustentável da economia e das exportações, para a transformação estrutural da economia do país.

Estes resultados foram apresentados esta quarta-feira, em Luanda, durante o IV Encontro do Comité de Pilotagem da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), que, dentre outros, reitera a necessidade da manutenção deste programa para além de 2023.

Os dados indicam que este programa de formação técnica especializada, que terminaria no mês de Junho, foi estendido até Dezembro do corrente ano. Desde o início, o programa já formou 1452 funcionários públicos e 904 do sector privado de 689 organizações.

Na ocasião, o chefe da cooperação da União Europeia em Angola, Enrico Strampeli, afirmou que o apoio ao sector do comércio em Angola conta com um financiamento global de 10 milhões de euros.

“A intenção do projecto, que está a ser bem sucedida, passa por criar competências técnicas para facilitar a produção e exportação não petrolífera, no quadro da diversificação que Angola tem levado em curso”, argumentou.

O diplomata europeu adiantou que o seu conselho directivo está a estudar a renovação de programa,Train for Trade II), mas de forma ampliada, onde se prevê que, para além de formações técnicas especializadas, conte também com a componente de financiamento de projectos.

Neste sentido, Enrico Strampeli anunciou que a União Europeia aprovou um pacote de 30 milhões de euros para financiar projectos ligados à economia azul, particularmente no sector das pescas.

Por sua vez, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, considerou que este programa permitiu formar mais de 2.600 empreendedores que impulsionaram os seus negócios e criaram novos postos de emprego nas áreas do comércio.

O governante enfatizou que as formações abrangeram o sector do Comércio, ao nível do ministério, dos demais organismos públicos, o segmento privado e todos os agentes da cadeia intervenientes do sector produtivo, gerando capacidade técnica.OPF/AC 





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