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Relançamento do turismo domina último dia da reunião do MCTA

     Economia              
  • Benguela • Sexta, 17 Junho de 2022 | 09h20
Empresa angolana vai produzir energias renováveis a partir do mar e do sol
Empresa angolana vai produzir energias renováveis a partir do mar e do sol
Henri Celso

Benguela - O relançamento do turismo como uma das vias da diversificação económica em Angola é o grande destaque hoje, último dia da reunião do segundo Conselho Consultivo do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), que decorre em Benguela.

No encontro, sob a orientação do titular deste departamento ministerial, Filipe Zau, os conselheiros debatem em painel os desafios e oportunidades no contexto do turismo, incluindo os desafios da adesão de Angola à zona de Comércio Livre africano e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O dia reserva ainda um painel com temas no domínio do ambiente, nomeadamente a estratégia e definição de metodologia de trabalho para o licenciamento e descentralização, por um lado, e, por outro, a estratégia de saneamento, participação na implementação de projectos, apoio institucional e financeiro.

Os participantes, entre os quais as secretárias de Estado da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, do Ambiente, Paula Francisco Coelho, e do Turismo, Hélder Jonas Marcelino, abordarão outras questões constantes da agenda de hoje, designadamente a Economia Circular, produção e consumo para a sustentabilidade.

A Economia Circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Desta forma, o ciclo de vida dos produtos é alargado, o que permite assim criar mais valor.

A agenda do 1º dia foi dominada em torno da cultura, isto é, os desafios da classificação e da gestão dos bens culturais, a estratégia de implementação das indústrias culturais e criativas, bem como a rede museológica nacional: estratégias para a melhoria dos seus serviços.

A propósito, o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente referiu que as acções estratégicas da dinâmica da cultura, turismo e ambiente deverão constituir no foco e na força dos debates do Conselho Consultivo, subordinado ao lema “sob o lema “Cultura, Turismo e Ambiente – na Emergência de uma Economia Circular”.

Reiterando a aposta do Governo para que o turismo seja a maior fonte de diversificação da economia, Filipe Zau apela à necessidade de se garantir os pré-requisitos de partida para que o empresariado nacional e estrangeiro invista, no sentido de assegurar uma maior empregabilidade para os jovens.

Neste momento, como frisou, o crescimento do mercado mundial do turismo oferece inúmeras oportunidades para os países desenvolvidos e em desenvolvimento como Angola.

Por isso, defendeu que o país deve aproveitar e desenvolver as suas potencialidades e vantagens comparativas em termos de valor agregado, que podem suscitar mais-valias e um posicionamento privilegiado como um destino turístico amplamente procurado.

No ramo do ambiente, destacou que a visão do Ministério está focada em todas as vertentes, principalmente na da sustentabilidade rumo à circularidade.

“A sustentabilidade insere-se no contexto cultural e ganha o sentido de endogeneidade face à necessidade de educar as actuais e futuras gerações para a identidade, mormente num país onde a diversidade cultural e linguística como Angola”, anotou.

Contudo, reconheceu que ainda existem muitas dificuldades e desafios, para implementar a estratégia da cultura, ambiente e turismo. Não obstante ter destacado os resultados já palpáveis, com impacto na valorização e na sustentabilidade do país.

Filipe Zau salientou o desenvolvimento de infra-estruturas de apoio, a inclusão das populações locais, a diversificação das fontes de receitas, a descentralização e desconcentração de competências e a presença reforçada de Angola na região e no mundo através da cultura e turismo.

O máximo responsável pela tutela das três pastas que se juntaram num “super ministério” contextualizou o lema do Conselho Consultivo, visando a apresentação de trabalhos que interiorizam e fundamentam as diversas actividades realizadas e as reflexões que devem sustentar as melhorias contínuas deste órgão.

O segundo Conselho Consultivo do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA) decorre no Centro de Conferências Dom Armando Amaral dos Santos, afecto à Diocese de Benguela.





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