Cuito – O Aproveitamento Hidroeléctrico do Cunje 1, no município de Camacupa, na província do Bié, entrou esta terça-feira em funcionamento, de forma oficial, após sofrer obras de reabilitação.
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reinaugurou a infra-estrutura, destruída nos anos 90.
Reconstruído no âmbito do Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), o empreendimento tem agora capacidade de gerar 1.8 megawotts de energia, contra os 1.5 anteriores. Vai abranger os municípios de Camacupa e Catabola.
As obras orçaram em 16 milhões de euros, contemplando a construção de uma linha de 30 quilovolt e redes de média e baixa tensão e iluminação pública, uma linha de transporte de 60 quilowatts, bem como a instalação de três grupos geradores, que estão a produzir actualmente 1.500 quilowatts.
Ao todo, gerou 50 novos postos de empregos directos.
No acto de reinauguração, o ministro João Baptista Borges garantiu que o Governo angolano vai continuar a construir outros empreendimentos, que concorram para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades.
Já o governador do Bié, Pereira Alfredo, realçou estarem agora criadas todas as condições para que os municípios de Camacupa e Catabola começam a se desenvolver, olhando para o sector industrial como prioridade.
Renasce esperança do desenvolvimento nos munícipes
A conclusão do aproveitamento hidroeléctrico renasceu a esperança dos munícipes, que esperam agora pelo desenvolvimento dessas regiões, tal como outras vilas do país.
A satisfação foi manifestada pelo Vigário da Paróquia Imaculada da Conceição de Camacupa, Fernando Cangenjo, que considerou significativo os trabalhos até agora feitos em prol da população local.
O prelado entende que a produção de energia limpa na municipalidade poderá abrir novos horizontes de desenvolvimento, uma vez que a falta de energia quase que afastava qualquer iniciativa privada na região.
Disse que o povo aguardou este dia com esperança, pois, adivinham-se, grandes benefícios para as famílias, que terão energia de forma permanente, garantindo, assim, mais segurança.
Já Miguel Chivala, empreendedor, antevê um impulso no sector do comércio, frisando que maior parte dos jovens não investem no município por falta mesmo da corrente eléctrica.
Para o jovem Bitilson Sahali, o sector energético se constitui de tamanha importância no sector da educação, já que se poderá estender as aulas para o pós-laboral.LB/PLB
