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Reformas em Angola alcançam estabilidade na economia real

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 02 Março de 2022 | 19h24
Um ângulo da cidade de Luanda
Um ângulo da cidade de Luanda
Rosário dos Santos-ANGOP

Luanda – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou, esta quarta-feira, que as reformas políticas e económicas, iniciadas nos finais de 2017, já alcançaram a estabilidade macroeconómica e começam a dar os primeiros resultados na economia real.

“As reformas constantes no Programa de Estabilização Macroeconómica (PEM) permitiram eliminar os principais desequilíbrios estruturais e conjunturais da economia nacional, levando à retoma dos superavits fiscais e ao equilíbrio do mercado cambial, conferindo ao País maior robustez e resiliência aos choques externos”, disse.

Numa entrevista publicada pelo Jornal de Angola (JA), na sua edição desta quarta-feira (2 de Março,) o governante sublinhou que o Executivo angolano contou com o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do Programa de Financiamento Alargado (EFF – Extended Fund Facility).

“Angola vive uma recessão económica desde 2016, facto que constitui uma situação difícil e complexa económica e socialmente, e que tem a ver com o peso do sector petrolífero na estrutura económica do país”, lembrou Manuel Nunes Júnior.

De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, a Agricultura, as Pescas, o Comércio e a Indústria têm mantido taxas de crescimento positivas, mesmo em contexto de pandemia, de constrangimentos na provisão de factores de produção e de condições climatéricas menos favoráveis, como é o caso das secas no Sul do País.

Entretanto, prosseguiu o dirigente, os sectores mais afectados pela pandemia são o do Turismo e Hotelaria e dos Transporte e Logística, que, no entanto, já evidenciam um ritmo de recuperação acima da tendência regional, demonstrando que a economia nacional está mais resiliente.

Segundo o governante, em Abril de 2020, com a entrada em vigor do Estado de Emergência, foram adoptadas medidas de mitigação dos impactos socioeconómicos da Covid-19, de natureza fiscal, monetária e de apoio ao sector produtivo e ao empresariado, factores que foram fundamentais para aumentar a resiliência da economia angolana.

“Um grande ganho do ponto de vista fiscal, é o facto de Angola conseguir equilibrar as contas”, destaca o ministro, salientando que o país apresentou défices orçamentais sucessivos de 2014 a 2017, passando a ter saldos orçamentais positivos, de 2018 a 2021, excepto em 2020, devido à pandemia”.

Segundo Manuel Nunes Júnior, entre 2014 e 2016, a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a do mercado informal era enorme, atingiu 150% em finais de 2017, tendo este diferencial diminuído significativamente, ao ponto de hoje estar abaixo dos 12%, com uma tendência decrescente.  

O interlocutor explicou terem sido eliminadas as distorções que afectavam o mercado cambial, sendo que o acesso dos agentes económicos a divisas agora é feito sem qualquer restrição administrativa.

Apontou a redução da sobrevalorização artificial do kwanza face à cesta de moedas de parceiros económicos, o hiato da taxa de câmbio real efectiva que passou de -71,6%, em 2017, para -2,15%, em Setembro de 2021, como avanços significativos, que tornaram mais verdadeiro o poder de compra da moeda nacional em relação às principais moedas internacionais.

Previsões para 2022

Na ocasião, o ministro de Estado para a Coordenação Económica disse que as previsões do Governo apontam para 2,4% a ascensão da economia nacional, graças a crescimentos tanto do sector do Petróleo e Gás, quanto do não petrolífero, em 1,3% e 3,1%, respectivamente.

O governante lembrou que o Banco Mundial (BM) e o FMI perspectivam crescimento em cerca de 3%, sendo que o sector não petrolífero será suportado, fundamentalmente, pela agricultura, pescas, indústria, construção, comércio, transporte e outros serviços, no âmbito do processo de diversificação da economia, em curso em Angola.





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