Luanda - A primeira refinaria de ouro em Angola, que está a ser construída no Pólo Industrial de Viana, em Luanda, entrará em funcionamento em 2025, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o Presidente da República, João Lourenço.
A infra-estrutura, cuja primeira pedra foi lançada em Junho de 2022, resulta da aposta do Executivo angolano promover a cadeia de valor dos minerais do país, capitalizando as operações de prospecção, exploração, transformação e comercialização destes recursos.
A primeira refinaria de ouro do país é uma iniciativa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, através da Geoangol, empresa detida pela Endiama, prevendo empregar mais de 80 trabalhadores.
O Presidente da República, que falava na abertura da III Sessão Legislativa da V Legislatura, durante a sua Mensagem sobre o Estado da Nação, referiu que o Executivo vai continuar a trabalhar para consolidar a diversificação da exploração de minerais.
João Lourenço fez saber ainda que estão em funcionamento, no domínio do ouro, 10 projectos de exploração desse mineral, com destaque para os do Buco Zau e a entrada em funcionamento do Lufo, em Cabinda, bem como a de Chicuamone, na província de Huíla, que estão a dinamizar a economia local e contribuir para geração de emprego.
O projecto de extracção de ouro denominado Lufo - Sociedade de Mineração e Aurífero, prevê produzir por mês 10 quilos deste produto.
Já a Sociedade Mineira de Chicuamone prevê uma lavaria com capacidade para processar 150 toneladas/hora.
Por outro lado, disse que o sector diamantífero foi profundamente afectado pela baixa de preços do diamante natural bruto, devido fundamentalmente à desaceleração económica mundial, a disponibilidade de grandes volumes de diamantes sintéticos e ao excesso de diamantes lapidados no mercado internacional.
No sector diamantífero, referiu, continua-se a aumentar a capacidade de lapidação de diamantes, tendo sido inaugurado a fábrica de lapidação no Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, elevando para oito o número total de fábricas inauguradas desde 2018.
Esses projectos, disse, estão a criar oportunidades de emprego para a juventude local e contribuir para o desenvolvimento social e económico do país, sendo que outras cinco fábricas estão em construção.
Os investimentos na produção e lapidação de diamantes, referiu, justifica que se altere o modelo de gestão e comercialização dos diamantes.
Lembrou que o país terá, em breve, a Bolsa de Diamantes de Angola, estrutura que vai desempenhar um papel fundamental neste domínio. ASS/QCB