Luanda – Os agentes recenseadores indicados para o Censo Populacional 2024 vão trabalhar com tablet para tornar o processo mais célere e seguro, e evitar-se alguns constrangimentos vividos em 2014, informou hoje o director do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi.
Em declarações à imprensa, o responsável explicou que o “censo digital” vai permitir fazer-se o levantamento dos dados de forma diferenciada e não em manuscrito como em 2014, além de que as informações cairão automaticamente na base de dados.
“São vários os desafios, enfrentados pela instituição, como por exemplo o logístico, para uma operação da dimensão do censo populacional que se quer para 2024, que será de formato digital, diferente do que foi o de 2014, onde os inquiridores usaram formulários em papel”, referiu.
José Calengi disse que neste momento não se pode estimar o valor necessário para o recenseamento de 2024, porque continua-se a fazer o levantamento das dificuldades e necessidades e que poder-se-á utilizar alguns materiais já existentes do processo anterior.
“Uma operação como esta passa pela actualização demográfica, que está a ser feita neste momento, com um censo piloto. Nós precisamos fazer um exercício antes, para testar todos os instrumentos, o questionário e a logística. Portanto, estamos nesta fase de preparação”, frisou.
Na ocasião, o director do Instituto Nacional de Estatística destacou a importância dos dados sociodemográficos, uma vez que na realização do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) deve se ter em conta o factor demográfico do território nacional por completo.
“Nesta nova fase, sairemos da recolha em papel e passaremos para o sistema tecnológico, com vantagens como gestão de caso, linguagem de programação avançada, processo de automação de amostragem no campo, visibilidade dos registos inseridos na mesma tela”, citou.
Há evolução nas tecnologias de informação e comunicação, argumentou o interlocutor, particularmente sem fios, e dos dispositivos móveis que permitem a substituição de questionários em papel pelos electrónicos, com múltiplas vantagens, durante o processo de recolha de dados.
De acordo com o director José Calengi, para a realização do RGPH vai-se fazer recurso às tecnologias de informação, nos mais variados sistemas para permitir maior eficiência, redução de custos, qualidade e consistência dos dados, optimizando o tempo de tratamento e processamento.
“…. Dá também facilidade no acesso e manuseio do questionário, facilita o monitoramento das actividades em tempo real, bem como a protecção e segurança dos dados”, enfatizou.
Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que Angola tem uma população estimada 25 789 024, baseada no censo de 2014.