Luanda – A receita bruta arrecadada com a exportação de 394,22 milhões de barris de petróleo, em 2021, aumentou 51,4%, em comparação com o período homólogo anterior, tendo-se atingido valores na ordem dos USD 27,87 mil milhões.
Comercializado ao preço médio anual de USD 70,708 bbl, no ano passado o petróleo registou uma média de exportação de 1,08 milhões, de acordo com o balanço geral divulgado, nesta quinta-feira, pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Apesar da redução, em 11,69% do volume das exportações, em 2021, face ao período homólogo de 2020, em que foram expedidos 446,3 milhões de barris, as receitas brutas são consideradas de satisfatórias, conforme o secretario de Estado dos Petróleos e Gás, José Barroso, que interveio na apresentação dos dados de 2021 e do quarto trimestre do mesmo ano.
As receitas brutas registadas em 2020 atingiram os USD 18,29 mil milhões, ao preço médio anual de USD 40,987.
Os dados apresentados apontam que o preço mensal das ramas angolanas atingiu o mínimo de USD 56,453 bbl, no mês de Janeiro e o máximo de USD 82,713 bbl no mês de Outubro, tendo-se alcançado a média anual referida de USD 70,708 bbl.
As principais ramas comercializadas foram Dália (11,34%), Mostarda (10,68%), Cabinda (8,97%) e Girassol (8,27%). A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis deteve 24,53% do
volume total das exportações de 2021, enquanto a Sonangol movimentou 15,79%.
Do lado das companhias internacionais, destaca-se a Total Energies com 13,09%, a Esso com 9,09%, a BP com 7,70%, a Chevron e a SSi com 7,10% e 7,08%, respectivamente.
Mercado asiático lidera destino
A República da China, o maior credor de Angola, importou 71,51%, dos 394.22 milhões de barris de petróleo exportados, em 2021, pelo país, mantendo-se como um dos principais destinos do crude produzido em solo angolano.
De acordo com o mesmo relatório, à seguir à China vem a Índia com 7,02% e a Tailândia com 3,47%.
Com quantidades reduzidas, na lista dos destinos das exportações do crude de Angola aparece os Estados Unidos da América (EUA), Canada, África do Sul, França, Gibraltar, Holanda, Emirados Árabes Unidos, entre outros.
Vários factores influenciaram os preços no mercado, entre os quais, o anúncio da decisão da OPEP+ em manter o aumento gradual da produção, o défice de oferta a nível mundial, a queda dos níveis de stock de petróleo bruto nos EUA, a paragem de produção de petróleo em alguns campos no equador, entre outros.