Mbanza Kongo – Quarenta e oito milhões de dólares americanos serão aplicados nos próximos 24 meses na reabilitação da Estrada Nacional 120, que liga as províncias do Zaire e Uíge, numa extensão de 179 quilómetros.
A informação foi prestada esta sexta-feira, em Mbanza Kongo, pelo responsável da área de markiting da empresa Sinohydro Angola, Zhao Yi, durante o acto de apresentação desse projecto aos membros do Governo Provincial do Zaire, em cerimónia prestigiada pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos.
De acordo com Zhao Yi, a estrada Zaire /Uíge, vai unir os municípios de Mbanza Kongo e Bembe, passando pelas localidades de Madimba (Zaire) e Lukunga, esta última na província do Uíge.
Ao longo do traçado serão construídas seis pontes de 10 metros de largura cada e uma extensão total de 440 metros de comprimento, cuja empreitada gerará 650 postos de trabalho.
O referido troço rodoviário terá uma faixa de rodagem de nove metros e uma camada de solo estabilizado com uma espessura de 26 metros.
Considerou de estratégico do ponto de vista socioeconómico para a região norte do país, a reabilitação da estrada Zaire/Uíge, por facilitar a circulação de pessoas e bens entre as duas províncias vizinhas.
Na ocasião, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, esclareceu que a estrada Zaire/Uíge é de construção evolutiva, devendo, numa primeira fase, ser feita de solos estabilizados para depois evoluir para o resvestimento do tapete asfáltico.
Entre as maiores pontes a serem construídas ao longo da estrada Mbanza Kongo/Madimba/Lukunga, o ministro destacou a do rio Mbridge (que separa o Zaire do Uíge) que terá uma extensão de cerca de 150 metros de comprimento.
Nova centralidade para Mbanza Kongo
Numa primeira fase serão construídos 500 apartamentos, dos 1.500 previstos na futura centralidade de Mbanza Kongo a ser erguida na localidade de Sangui, comuna do Nkiende.
Ao apresentar o referido projecto habitacional, o director nacional de gestão fundiária e habitação do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Amílcar Isaac Lutucuta, disse que, nesta primeira fase, serão erguidas habitações do tipo T3 com um piso, T3 com dois, T3 com três e T3 com quatro pisos.
Nesta primeira fase de implementação dessa centralidade para a cidade Património Mundial serão, também, erguidos alguns equipamento sociais, nomeadamente sistemas de abastecimento de água potável e energia eléctrica, posto de saúde, jardim-de-infância, duas escolas e uma esquadra de polícia.
Informou que o contrato para a construção dessa primeira centralidade para Mbanza Kongo já está visado pelo Tribunal de Contas, estando todas as condições criadas para o arranque da empreitada, nos próximos tempos.
Presentemente decorre os trabalhos de desminagem do local onde será implantado esse projecto, numa área total de 400 hectares.
A ANGOP sabe que os trabalhos de desminagem do espaço para esse projecto habitacional estão estimados em 80 por cento.
Refira-se que o ministro Carlos Alberto dos Santos cumpre uma jornada de trabalho de 72 horas à província do Zaire, onde está a radiografar o estado actual das vias rodoviárias.
Hoje, o ministro deslocou-se ao município fronteiriço do Nóqui onde constata as obras de asfaltagem da Estrada Nacional 120, que liga Mbanza Kongo/Nóqui, numa extensão de 165 quilómetros.
Sábado, último dia da visita, o titular da pasta das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, vai trabalhar no município do Cuimba, que dista a 62 km da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire. JL