Luanda - A Reserva Estratégica Alimentar (REA), que entrou em efectiva operacionalização em Dezembro último, com a colocação no mercado de 354 mil toneladas de alimentos, já influencia a baixa de preços em até cinco porcento.
"Após a chegada ao país, em Dezembro último, de um navio com 30 mil toneladas de açúcar a granel e com o processamento do grão de milho foi possível a redução automática dos preços no mercado", explicou o coordenador da Comissão de Gestão do Entreposto Aduaneiro de Angola, Eduardo Machado, em entrevista a TPA, terça-feira.
Ao programa "Grande Entrevista" da Televisão Pública de Angola (TPA), Eduardo Machado adiantou que "a reserva vai actuar em preço justo, tornando o comportamento do mercado sustentável para os operadores".
Neste momento, sublinhou, "naturalmente vamos sentir um desequilíbrio no princípio, mas depois com o equilíbrio o fluxo do mercado vai influenciar a baixa de preços dos produtos da cesta básica".
Eduardo Machado assegurou que doravante chegam ao país um a dois navios por semana, com uma média de cerca de 30 a 35 mil toneladas dos produtos designados para a Reserva Estratégica Alimentar.
Salientou que, tão logo o mercado seja pressionado, haverá uma circulação de produtos, num determinado ritmo, para manter a oferta estável e reduzir a pressão sobre os preços.
A Reserva Estratégica Alimentar entrou em efectiva operacionalização, no princípio de Dezembro de 2021, com 354 mil toneladas de alimentos, que deverá aumentar progressivamente até as 520 mil toneladas, num total de 11 produtos da cesta básica.
Entre os produtos disponibilizados destacam-se o açúcar, em sacos de 50 quilogramas, arroz (sacos de 25 quilogramas) e coxa de frango, em caixas de 10kg, aguardando-se pela farinha de milho, de trigo e de mandioca, massango, óleo alimentar, feijão, arroz, sal iodizado, peixe seco e frango.
A REA vai garantir a aquisição, armazenamento e distribuição de mais de 520 mil toneladas de produtos alimentares, parte dos quais produzidos e transformados localmente, em indústrias geradoras de emprego, prevendo-se um impacto na redução dos preços, em até cinco porcento para o consumidor final.
