Huambo – Produtores de abacate, citrinos e legumes na província do Huambo destacaram, esta quarta-feira, as vantagens da Plataforma Logística da Caála na sustentabilidade do agro-negócio e na facilitação do acesso ao mercado internacional.
Em declarações à imprensa, por ocasião do lançamento do Cluster do abacate no Huambo, com um financiamento de 1,1 milhões de euros, do Reino dos Países Baixos, afirmaram ser uma plataforma de frio que vai engajar os fazendeiros, cooperativas e agricultores familiares no aumento e expansão da cultura agrária.
Sinalizaram ser um projecto inovador para o agro-negócio angolano, que vai integrar os pequenos e grandes produtores e dotá-los de capacidade técnica, operacional e financeira, com foco na aceleração do processo de exportação.
O agro-empresário da fazenda Mungo, Chris Master, disse que tem, neste momento, 20 hectares plantados de abacate e, tendo em conta o surgimento da Plataforma Logística da Caála, é promissor que avance para mais área plantadas, para abastecer o mercado internacional, que explora muitos derivados desta fruta.
O mesmo acredita que o lançamento do Cluster do abacate no Huambo vai ser transformador da realidade dos produtores desta região do país, com uma nova indústria e grande potencial de exportação e transformação social do agro-negócio em Angola.
Disse ser uma árvore que começa a dar frutos dois anos depois da plantação e aos cinco pode criar um bom volume e aos sete atinge o seu ponto de capacidade máxima, o que requer paciência na produção, pois o abacate é muito rentável no mercado mundial, para o fabrico do óleo e outros suplementos alimentares.
O director da fazenda Soyadubo, Sousa Jerónimo, também, envolvido na produção de abacate e citrino, disse que a Plataforma Logística da Caála vai trazer valência técnica e operacional para a empresa, dada a exigência necessária da qualidade da cultura durante o processo.
Informou que a empresa tem plantado mais de mil hectares de abacate para a exportação na Europa e, por esta região do país ser considerada fértil na cultura, serão ainda cultivadas mais plantas, dada a exigência do mercado.
No seu parecer, a Plataforma Logística da Caála vai promover as famílias, pequenos e grandes produtores, para além de facilitar a conservação, selecção e transformação da quantidade em qualidade.
Por seu turno, o director de Produção da fazenda Jardins da Yoba, Stanislas Tougouma, disse que tem disponíveis 90 hectares de abacate, batata rena, milho e trigo e, com a iniciativa, poderão diminuir as dificuldades na exportação dos produtos e aumentar a experiência do agro-negócio angolano.
Segundo o responsável, a intenção é exportá-los e pretende aproveitar a Plataforma Logística da Caála para estabelecer novas parcerias e ter um acompanhamento mais técnico, para saber as quantidades necessárias a cultivar, para atingir o mercado europeu.
Numa primeira fase, assinaram o contrato de subsídio, que irá apoiar o desenvolvimento do abacate, com um montante de 1,1 milhões de euros, três fazendas, com a integração de pequenos produtores da região, que serão dotadas de capacidade técnica, operacional e financeira, para acelerar o processo de exportação.
A Plataforma Logística da Caála, localizada no Corredor do Lobito e, entre as estradas nacionais 120 e 260, resulta de uma parceria do Governo angolano, representado pela ARCCLA, com o Reino dos Países Baixos e o Consórcio Flying Swans, para além do apoio técnico e financiamento do Banco Mundial. ZZN/JSV/ALH