PNB constitui factor para prosperidade económica – especialista

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  • Luanda • Terça, 14 Maio de 2024 | 19h02
Interior da Fábrica Textang II
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Marcos Caetano

Luanda – O Produto Nacional Bruto (PNB) constitui o indicador macroeconómico de capital importância e factor decisivo para medir a prosperidade económica de qualquer nação, por ajudar a perceber o real quadro macroeconómico do país, considerou, hoje, em Luanda, o economista Eduardo Silva.

Em declarações à ANGOP, o também académico sustentou que o PNB é mais importante do que o Produto Interno Bruto (PIB), por ser uma variável que privilegia a contabilização da produção de bens e serviços de empresas nacionais que operam no país e no estrangeiro.

Ao abordar sobre o tema “PIB na óptica da produção”, a fonte clarificou que esta variável quantifica o rendimento concreto que Angola, por exemplo, obtém fruto da produção das empresas nacionais sedeadas no país e no estrangeiro, permitindo avaliar o crescimento ou contracção da economia.

Ou seja, prosseguiu, a expansão e o aumento da produção das empresas nacionais angolanas trazem vantagens significativas para o crescimento económico do país, com destaque para arrecadação de receitas para o Estado, porque todos os seus rendimentos reflectem-se na economia de Angola.

Com isso, o economista considera que, quanto maior for o PNB, maior é a prosperidade real da economia do país, tendo em consideração a questão da nacionalidade e do conteúdo local.

Em função dessa importância, Eduardo Silva apela ao Instituto Nacional de Estatística (INE) que retome o processo de apuramento desse indicador, no momento da compilação das contas nacionais, um exercício que se deixou de ser feito desde 2016 até à presente data.

De acordo com o académico, a publicação regular dessa variável permitirá ter uma percepção real do rendimento que fica no país.

Conforme o docente, actualmente, a compilação das contas nacionais do INE foca-se, essencialmente, no PIB na óptica da produção, receita e despesa, sem fazer referência aos dados do PNB.     

Adicionalmente, o economista sugere, igualmente, a necessidade de se reforçar o apoio institucional e financeiro às empresas nacionais que operam no país e no exterior, cujos seus rendimentos ficam em Angola.

“Com o apoio incondicional às empresas angolanas, o país sai a ganhar, através do aumento da produção e, consequentemente, o reforço da arrecadação de receitas, que entram para o Orçamento Geral do Estado (OGE), o aumento da renda nacional e a prosperidade dos produtores”, destacou.

Contrariamente ao PNB, Eduardo Silva considerou a avaliação da prosperidade económica através do PIB como uma acção ilusória, porque o lucro da produção das empresas estrangeiras que operam em Angola é transferido nos respectivos países de origem, deixando um valor residual no país.

“Se medirmos a prosperidade da economia de Angola baseando-se apenas no PIB, poderemos ter uma avaliação ilusória, porque a maior parte da produção contabilizada por este indicador é enviada para o exterior do país, através de empresas estrangeiras que operam em Angola”, alertou.

Ou seja, explicou, o PIB contabiliza todos os bens e serviços finais produzidos num determinado país, em geral, incluindo a produção de empresas nacionais e estrangeiras que exercem actividade em Angola, por exemplo, sem ter em conta o rendimento de instituições e individualidades angolanas que operam em outros países. QCB



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