Moçâmedes – A indústria salineira na província do Namibe arrecadou, de Janeiro a Setembro deste ano, um total de 785 milhões de kwanzas, contra os Kz 350 milhões obtidos no período homólogo 2023.
Segundo o director do gabinete provincial das ptescas e do Mar do Namibe, Piedade Goanhe, o valor arrecadado resulta da produção e venda de 6 mil e 333 toneladas de sal, o que representa um aumento de 67% comparativamente ao período anterior, em que se produziu 3 797 toneladas.
Em declarações à ANGOP, a fonte explicou que o aumento da produção nesse subsector deveu-se as condições naturais favoráveis, como a falta de chuva, forte sol, solos argilosos, ventos fortes e o índice de salinidade.
Referiu que as autoridades controlam sete empresas, salientando que 650 profissionais garantem o funcionamento da indústria salineira a nível da província.
Sublinhou que o sal do Namibe tem uma pureza de 98%, constituindo-se num produto que regista um crescimento satisfatório.
Piedade Goanhe adiantou que mais de duas salinas estão a ser construídas, sendo uma no Bentiaba e outra no Tômbwa, com vista a contribuir na redução da importação desse produto, que serve para o consumo doméstico e para a indústria.
Mostrou-se optimista pelo factor de alguns empresários do Norte do país manifestarem também o interesse em explorar as potencialidades da região, o que vai permitir o aumento da produção e de postos de trabalho.
Por outro lado, o director referiu que os produtores debatem-se com algumas dificuldades relacionadas com a falta de divisas para aquisição de materiais de apoio técnico, como bombas, pás carregadoras e outros meios.
Por isso, apelou a banca a definir os produtos específicos para a indústria salineira, alargando o período de carência e flexibilizar as taxas de juros. VR/FA/QCB