Luanda - A produção de petróleo em Angola poderá registar, este ano, um aumento de dois por cento, depois do declínio de 12% em 2020 e 2021, e um aumento de receitas avaliadas em 40 mil milhões de kwanzas, estimou o especialista internacional de petróleo e gás e Regulação Petrolífera, Patrício Wanderley Kingongo.
Em declarações à ANGOP, na segunda-feira, em Luanda, Patrício Kingongo disse que estas perspectivas traduzem um ganho, porque as empresas e operadoras trabalharam para o aumento da produção.
Segundo o especialista, também director da Petroangola, com os cenários revistos, como o aumento ligeiro da produção do preço do barril no mercado internacional, prevê receitas brutas petrolíferas estimadas em 40 mil milhões de dólares, das quais o Estado poderá encaixar mais de 15 mil milhões, um aumento considerado de "marco forte" que representa um impacto da produção angolana.
As receitas brutas petrolíferas em 2021, avança o entrevistado, fixaram-se em 27, 28 mil milhões de dólares com a exportação de 394, 22 milhões de barris de petróleo, tendo as empresas petrolíferas, que operam em Angola exportado mais de 17 mil milhões de dólares do valor global.
O referido valor foi exportado por via da prestação de serviços e pelo pagamento dos investimentos feitos pelas multinacionais, com destaque para a TotalEnergies, Esso, BP, Chevron e a SSI.
Do valor global, Angola ficou com cerca de 10,3 mil milhões revertido em impostos pagos ao Estado por via das exportações das operadoras e mais os 290 mil barris de petróleo dia (KBPD) que o país tem direito.
A produção de petróleo de Angola é calculada em 1,1 milhão de barris por dia, mas o país tem uma quota de produção atribuída pela OPEP de 1,5 milhão de barris/dia.
Angola é, actualmente, o maior produtor de petróleo do continente africano, superando a Nígéria, cuja produção superava, até recentemente, a de todos países de África.