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Produção de ferro no Cuando Cubango poderá arrancar dentro de quatro meses

     Economia              
  • Cuando Cubango • Quarta, 30 Março de 2022 | 09h14

Menongue - A Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), no Cuando Cubango, inicia, dentro de quatro meses, a produzir o ferro gusa, com uma capacidade instalada de 250 toneladas/dia, uma acção que vai contribuir no crescimento económico sustentável da província.

O facto foi anunciado esta terça-feira, à ANGOP, pelo seu director-geral, Wilton dos Reis Oliveira.

Segundo o responsável, a produção inicialmente arranca com um alto-forno, dos três previstos a serem instalados até 2025, cujo funcionamento vai gerar mil e 100 postos de trabalho directo para juventude da província do Cuando Cubango.

Informou que até 2025, ano da entrada em funcionamento da segunda fase do projecto, prevê-se gerar quatro mil e 22 empregos, cuja produção aguarda pela dinamização da instalação de uma linha do Caminho de Ferro de Moçâmedes e o porto do Namibe, através do seu regular uso na transportação.

Disse que o projecto, no seu geral, tem um investimento avaliado em 300 milhões de dólares, dos quais cerca de 60 milhões já foram aplicados na aquisição de equipamentos, máquinas diversas, sua instalação, construção do estaleiro, entre outros meios

Referiu que a área de exploração no Cuchi é de dois mil hectares.

Já o director

Enquanto isso, a Bovinus Sudeste de Angola (BSA), empresa agro-industrial, será a responsável, nesse projecto, pelo processo de reflorestação e a conformação do carvão, para abastecimento à siderurgia do Cuchi, cuja sua implantação no município foi em 2015.

O director da BSA, Carlos Carneiro, informou que a produção do carvão está a ser feita há dois anos, esperando que a CSC arranque com a produção do ferro.

Nesta indústria foram criados 980 postos de trabalho directos e mil 800 de forma indirecta, essencialmente jovens residentes no município do Cuchi e Menongue.

Segundo deu a conhecer, até ao momento dispõem de dois mil e 500 cúbicos de carvão, produzidos em 740 fornos, dos 960 previstos por construir.

Em relação à reflorestação, desde 2020, a empresa está engajada na preparação das terras para a plantação do eucalipto em dois mil hectares, para manter a mata nativa (floresta natural), com vista a alavancar o processo de preservação do meio ambiente, concretamente a flora.   

A Companhia Siderúrgica do Cuchi será a primeira fábrica de fundição em Angola que vai operar com fonte de energia renovável, no caso o carvão vegetal, para fundir minério e que vai permitir a instalação de um sistema de energia termoeléctrica.

Este sistema irá absorver os gases do alto-forno, com previsão para gerar, na sua segunda fase, em 2025, cerca de 15 megawatts de energia eléctrica para o empreendimento e para a população da sede municipal.





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