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Produção de diamantes ultrapassa 10 milhões de quilates pela primeira vez

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 26 Dezembro de 2024 | 19h54
Diamantes (Foto ilustração)
Diamantes (Foto ilustração)
Divulgação

Luanda - Angola produziu pela primeira na sua história, este ano, cerca de 12 milhões de quilates de diamantes, o que representa um grau de execução de mais de 82%, em relação à meta definida no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027.

O facto foi revelado esta quinta-feira, em Luanda, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano, tendo realçado que o país ultrapassou, até Novembro último, a barreira da produção dos 10 milhões de quilates alcançados em anos anteriores.

Sem avançar o valor arrecadado, fruto dessa produção, o governante disse que, com base no potencial identificado e o plano estratégico em curso, Angola consolida-se como um dos líderes mundiais no mercado de diamantes e reforça o seu contributo para a economia nacional.

Em relação ao incremento da capacidade de lapidação de diamantes, destacou a inauguração de mais uma fábrica no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (Lunda-Sul), em Janeiro deste ano, passando o país a ter oito unidades de lapidação.

Recordou estar em curso acções para a instalação da Bolsa de Diamantes de Angola, além da implementação da plataforma para a realização de leilões deste mineral.

Quanto à construção da refinaria de ouro em Luanda, lembrou que os trabalhos prosseguem, estando prevista a sua inauguração em 2025.

Para os demais projectos do sector mineiro, Diamantino Azevedo assegurou que estão a ser criadas as condições para a construção do Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais, no Namibe, cuja primeira pedra será lançada em Janeiro do próximo ano.

Referiu terem sido desenvolvidas, este ano, acções que visam a implementação do Cadastro Mineiro Digital de Angola (CMA), com o objectivo principal de optimizar o processo de licenciamento e cadastro mineiro, auxiliar na mitigação da problemática de sobreposição de áreas de concessão mineira e o aumento do sentimento de transparência no sector.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, considerou positivo o desempenho da actividade diamantífera ao longo deste ano, por se alcançar o recorde na produção diamantífera angolana, aventando a possibilidade de se atingir perto de 14 milhões de quilates, um volume que está próximo da meta perspectivada no início de 2024.

Porém, o gestor sublinhou que o “boom” da produção foi contrariado pela queda do preço entre 40% e 60% no mercado internacional, facto que influenciou negativamente na performance das empresas diamantíferas.

Apontou a conjuntura internacional, marcada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como o declínio da economia da maior parte dos países do mundo e a injecção de diamantes artificiais ou sintéticos no mercado mundial, como as principais razões que tiveram na base da baixa do preço deste produto, um quadro que se espera melhorar em 2025.

Perante esse cenário, Ganga Júnior realçou a necessidade de se melhorar a estratégia de comunicação e marketing, para mostrar ou elucidar aos consumidores as reais vantagens dos diamantes naturais, em termos de criação de riqueza e resolução de problemas económicos e sociais.

Por outro lado, o PCA da Endiama avançou a possibilidade de se reavaliar a actual produção de diamantes em Angola, para que o volume produzido esteja em alinhamento com os preços (equilíbrio entre a oferta e a procura).

Produção petrolífera

Durante o período de Janeiro a Novembro deste ano, a produção de petróleo bruto em Angola atingiu a média de 1,134 milhões de barris por dia, registando um aumento de quase 7% em relação à meta de 1,060 milhões de barris por dia definida no Orçamento Geral do Estado 2024.

Segundo o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), esse incremento na produção foi impulsionado pela entrada em operação de novos poços nos blocos 0, 15, 15/06 e 17, além da realização de uma série de intervenções em diversas concessões.

A par disso, destaca-se também a aprovação e publicação do regime jurídico e fiscal aplicáveis à produção incremental, por via do Decreto Legislativo Presidencial n.º 8/24 de 20 de Novembro, que visa produzir volumes adicionais acima da produção base acordada entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e os operadores.

No âmbito da implementação da Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos 2020-2025, foi realizada a perfuração do 1º poço de pesquisa no Bloco 30, na Bacia do Namibe, e realizadas campanhas de aquisição sísmica 2D e 4D, em vários blocos, além de actividades de acessibilidade e desminagem na Bacia de Etosha-Okavango.

Em relação à implementação da Estratégia de Atribuição de Concessões Petrolíferas 2019-2025, durante o corrente ano foram adjudicados seis blocos petrolíferos, o que perfez um total de 35 blocos atribuídos até à data.

Quanto ao Gás Natural, foi concluída a proposta do Plano Director do Gás Natural, que após a realização de uma consulta pública, no dia 21 de Outubro último, deverá ser apreciada pelo Conselho de Ministros esta sexta-feira (27). QCB/VC





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