Luanda – Angola alcançou cerca de 96% da produção de diamantes, durante o exercício económico 2024 ao registar a cifra de 14 milhões de quilates, ficando abaixo da meta anual prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, informou o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor.
Ao discursar no acto de apresentação das realizações sobre a produção, comercialização e exportações de diamante referente ao ano de 2024 (Outlook dos Diamantes), realizado esta sexta-feira, em Luanda, o dirigente recordou que o PDN estima uma produção de 14,64 quilates/ano.
Sublinhou que, no domínio da venda, o país exportou cerca de 10,2 milhões de quilates, facto que permitiu arrecadar cerca de 1,5 mil milhões de dólares, cujos destinos principais foram os Emirados Árabes Unidos, com 78,1%, e a Bélgica (19,8%).
Jânio Corrêa Victor reiterou que a volatilidade do mercado internacional dos diamantes, associada à desaceleração da economia mundial, foi uma das razões que afectou a redução dos preços, devido à fraca procura pelos diamantes naturais e o consequente aumento da produção de diamantes sintéticos.
Referiu que Angola continua a trabalhar para se estabelecer como um dos principais produtores e exportadores de diamantes naturais brutos no mundo, incluindo a intensificação das actividades de prospecção e exploração, além do aumento do conhecimento geológico do país.
O secretário de Estado disse que o fortalecimento do quadro jurídico-legal e a melhoria do ambiente regulatório também têm sido fundamentais para atrair investimentos neste segmento.
Reconheceu que o segmento diamantífero tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento económico e social de Angola, sendo uma importante fonte de receita para o Estado angolano, contribuindo, significativamente, na criação de empregos e promoção de investimentos, bem como impulsionar o crescimento sustentável do país.
Disse ser fundamental reiterar a importância das empresas manterem o seu compromisso com a promoção de acções e projectos sociais, com vista a contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde ocorrem as operações extractivas.
Acrescentou que a responsabilidade social deve ser uma prioridade contínua, afirmando que os benefícios da exploração mineira alcancem também as comunidades locais. HM/QCB