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Produção agrícola  com crescimento de 5 por cento

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 13 Fevereiro de 2021 | 18h23
Produção de hortícolas
Produção de hortícolas
Pedro Vidal/Arquivo

Malanje - A produção agrícola nacional registou, em 2020, um crescimento na ordem dos 5 por cento face ao ano de 2019, anunciou, neste sábado, em Malanje, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Sem avançar números, o ministro, que falava num encontro com empresários locais, esclareceu que tais dados, apesar de serem provisórios, revelam o impacto positivo das políticas do Executivo conducentes à maximização da produção interna, não obstante os factores desfavoráveis, com enfoque para a crise sanitária provocada pela Covid-19.

 “A aposta na produção nacional deixou de ser uma manifestação meramente discursiva, para ser uma prática em todos os níveis”, sublinhou, acrescentando que a estratégia começa a ser cada vez mais interiorizada pelos angolanos, visando a mudança da estrutura económica do país.

Fruto disso, assinalou a redução da importação de bens alimentares em 24 por cento, em 2020, significando um aumento do consumo da produção naciona.

O ministro enfatizou a contínua marcha neste sentido, de modo a se solidificar a economia, melhorar o rendimento das empresas e gerar mais postos de trabalho.

Manuel Nunes Júnior  entende que mais do que sustentável, a economia deve estar orientada para sustentabilidade e solidez, não devendo depender de um só produto com um preço extraordinário em termos tributário e de exportação, pelo que o Executivo tem tomado medidas “corajosas”, a fim de mudar o actual paradigma.

Por outro lado, enalteceu o contributo do sector agrícola privado de Malanje no aumento da produção de cereais, com realce para o milho, cujos efeitos serão significativos em termos macroeconómico para o país.

No encontro, em que estiveram também presentes o ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, e o da Energia e Águas, João Baptista Borges, os empresários solicitaram a abertura de uma representação do Banco de Desenvolvimento de Angola em cada província, para facilitar a tramitação de processos de solicitação de crédito e evitar morosidade na concessão.

Apontaram ainda a degradação das vias de acesso às áreas de produção como sendo um dos principais factores que dificultam o escoamento dos produtos do campo para os grandes centros de consumo.

A oscilação do preço da farinha de trigo, matéria-prima para produção de pão, figurou, igualmente, entre as inquietações do empresariado local.

Em resposta à preocupação relativa ao escoamento da produção, o ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, lembrou que dentro em breve será lançado um concurso público para atribuição de 500 viaturas a operadores de comércio e distribuição nas 18 províncias do país.

Em relação à variação do preço da farinha de trigo, disse que, apesar de o país dispor de três unidade fabris, a dificuldade reside no facto de a matéria-prima (o trigo) ser, maioritariamente, exportada.

Sustentou que, com a reserva estratégica alimentar, já aprovada, vai-se começar a intervir sempre que houver tendência especulativa do preço da farinha de trigo, ao mesmo tempo que disse estar na forja a introdução de farinha de mandioca.

O ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, terminou na tarde deste sábado uma jornada de trabalho de dois dias à Malanje, onde inteirou-se da realidade social e económica da região.

Durante a sua estada na região, visitou a Biocom (Companhia de Bioenergia de Angola), o Pólo Agro-industrial de Kizenga, as fazendas Cristalina e PIPE, localizados no município de Malanje.

Constatou também o grau de execução das obras da centralidade de Malanje,  das infra-estruturas integradas do bairro Canâmbua, entre outros projectos.





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